sexta-feira, fevereiro 06, 2015

Luz deve subir mais e horário de verão pode ir até março para poupar energia


O consumidor mal começou a sentir no bolso o impacto das chamadas bandeiras tarifárias e já terá de pagar mais mensalmente pelo custo extra da energia.

Sistema que desde janeiro permite que o governo repasse todos os meses para a conta de luz flutuações no custo da eletricidade, a bandeira tarifária deve sofrer um reajuste de até 83% com a mudança do regime.

A diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) vai analisar nesta sexta (6) proposta de reajustar o valor máximo cobrado hoje de R$ 3 a cada kilowatt-hora (kWh) para R$ 5,50.

Nesta quinta-feira (5), o ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) havia afirmado a jornalistas que o reajuste seria inferior a 50%.

A bandeira vermelha, mais cara, vai passar a indicar não apenas que as usinas térmicas estão sendo usadas em larga escala mas também que as empresas estão tendo de comprar muita energia extra para atender a demanda ou que o risco hidrológico aumentou (diferença entre energia contratada e a entregue pelas geradoras).

No caso da bandeira amarela, que sinaliza situação intermediária desses gastos, o valor que será proposto será de R$ 2,50. Isso representará aumento de 66,7% em relação à cobrança extra de R$ 1,50 a cada kilowatt-hora (kWh) prevista atualmente quando a bandeira está nessa cor.

A Aneel ainda irá submeter as alterações a audiência pública. Após esse período, que deve ser curto, os novos valores começam a valer. Ao que tudo indica, já para o mês de março.

LUZ NATURAL

Ao "Jornal Nacional" desta quinta Braga disse que, para economizar energia, o governo estuda a possibilidade de prorrogar por um mês o horário de verão, que tem previsão de término no dia 22. A decisão será tomada em reunião de governo no dia 12.

O horário de verão ajuda a economizar energia ao permitir um melhor aproveitamento da luz natural.

O coordenador do grupo de estudos do setor elétrico da UFRJ, Nivalde de Castro, diz que a ampliação seria bem-vinda. Apesar de o pico atual do consumo ter se deslocado para o período das 12h às 15h, e não ser mais entre as 17h e as 21h, ele acredita que a medida possa ser positiva.

"Como o nível dos reservatórios está muito baixo, qualquer economia de energia, por menor que seja, é muito bem-vinda", disse.

Folha de São Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário