No Brasil, a maioria das cesáreas se dá em gestações de baixo risco, com 54,4% de cesáreas feitas em mulheres de nível educacional elevado, frente a 19,4% de nível mais baixo. A América Latina é a região com maior taxa de césareas (44,3% dos nascimentos) do mundo, e o Brasil é o segundo país que mais realiza esta cirurgia, segundo um estudo que alerta para a "epidemia" mundial deste parto, recomendado apenas em casos específicos. O número de nascimentos por cesárea no planeta praticamente duplicou em 15 anos, de 12% para 21% entre 2000 e 2015, e superou os 40% em 15 países, a maioria da América Latina e do Caribe, indica o relatório publicado nesta sexta-feira na revista Lancet. Atualmente, estima-se entre 10% e 15% a proporção de cesáreas necessárias por motivos médicos. Contudo, 60% dos 169 países estudados estão acima dessa faixa, e 25%, abaixo, de acordo com o estudo baseado em dados da Organização Mundial da Saúde e da Unicef.