domingo, novembro 19, 2023

Secretaria de Educação de Petrolândia e Escola Municipal Jurema divulgam nota de pesar pelo falecimento de alunos irmãos gêmeos



Tragédia: Irmãos gêmeos de 17 anos morrem afogados em Canal da Transposição entre Petrolândia e Floresta, no Sertão de PE


Os gêmeos, Dimas e Damião, de 17 anos, eram queridos entre colegas e professores da escola (Foto: Reprodução / Escola Jurema)

Pernambuco registrou a oitava morte por afogamento, apenas neste mês de novembro, acendendo o alerta sobre a necessidade de cuidados e medidas preventivas.

O caso mais recente, registrado neste sábado (18), vitimou os irmãos gêmeos, de 17 anos, Dimas e Damião Souza da Silva.

Segundo informações da Polícia Civil, que iniciou as investigações, o caso ocorreu no canal leste da transposição do Rio São Francisco, localizado entre as cidades de Floresta e Petrolândia, no Sertão.

Apesar dos riscos, em razão da profundidade, canal que corta diversos municípios tem sido usado como área de lazer (Foto: Reprodução)

O velório e sepultamento dos adolescentes foi realizado, neste domingo (19), causando comoção entre amigos e familiares.

Conforme relatos de populares, os garotos estariam caminhando pelas imediações do curso d’água, quando um deles pulou no canal em um ato de brincadeira, alegando a necessidade de se refrescar do calor.

O outro, ao perceber as dificuldades, ingressou também no canal para tentar ajudar, mas não obteve êxito.

Ainda segundo testemunhas, uma outra criança, de 12 anos, que os acompanhava, tentou resgatá-los com a utilização de uma vara de madeira, mas não foi possível evitar a tragédia.


Estudantes da Escola Municipal Jurema, em Petrolândia, os dois irmãos foram resgatados por equipes do Corpo de Bombeiros, sendo encaminhados, inicialmente, para o Hospital Municipal de Petrolândia, onde foram feiram feitos os procedimentos para tentativa de reanimação e constatados os óbitos.

Os corpos foram então encaminhados para a sede do Instituto Médico Legal (IML) de Petrolina.

A instituição de ensino onde os alunos estavam matriculados divulgou uma nota de pesar, onde declarou profunda tristeza e o apoio necessário às famílias.

“Dimas e Damião eram gêmeos inseparáveis, que iluminaram nossas vidas com suas presenças únicas. Suas risadas contagiantes e amor fraternal deixam uma marca eterna em nossos corações”, disse a direção. Os menores residiam na Agrovila 5, dos Mandantes, instalada na zona rural da cidade. Ainda conforme a Polícia Civil de Pernambuco, um inquérito foi aberto, na Delegacia de Petrolândia, que deve ouvir familiares e também testemunhas. As averiguações devem prosseguir até o esclarecimento do ocorrido.

HISTÓRICO 
Uma preocupante onda de mortes por afogamento vem sendo registrada em Pernambuco, somando, até então, oito vítimas.

O quadro chama a atenção para a necessidade de cuidados, antes de entrar no mar, rios, lagos, barragens e piscinas.

A precaução é válida para todas as idades. No último dia (2), feriado de Finados, quatro crianças e adolescentes morreram afogados em um açude, localizado no município de Capoeiras, no Agreste. Todos pertenciam a mesma família.

Seguindo a lamentável lista, no dia 15 deste mês, o jovem Vitor Manoel da Silva, de 20 anos, perdeu a vida ao entrar no mar para pegar uma bola de futebol.
O caso ocorreu na Praia de Suape, no Cabo de Santo Agostinho.

No mesmo dia, o adolescente Anderson Ramos Bezerra, de 16 anos, também morreu no canal do Sítio Carnaúba, na zona rural do município de Sertânia, no Sertão.


Por: Marcílio Albuquerque/Diário de Pernambuco

Túnel do Tempo/Petrolândia/Jatobá: Reportagem do Blog de Assis Ramalho visita à Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga; confira fotos atuais e do início da obra

 

Ancilon Leal Rodolfo, Leonardo Cavalcante, Cloaci, este blogueiro Assis Ramalho e o chesfiano Ney (Fotos:  Lúcia Xavier -  BlogAR)

O Blog de Assis Ramalho fez visita à Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga. Na companhia do meu irmão Ancilon Leal Rodolfo (Karne&Keijo), dos nossos primos Cloaci Leal Martins (Mercado Nova Cidade) e Leonardo Cavalcante (Supermercado Louana), e da esposa/fotógrafa/blogueira Lúcia Xavier, fomos recepcionados pelo meu amigo Ney, servidor da Chesf, que nos guiou pelas instalações da usina.

Este blogueiro participou da grande obra que foi a construção da barragem nos serviços de topografia. Naquele tempo, este senhor agora careca ostentava uma vasta cabeleira, como dá para perceber na foto abaixo.
 

A data é 21 de maio de 1983 - a foto é no eixo da barragem de Itaparica, no auge de sua construção. O ''retrato'' testemunha que esse blogueiro/radialista Assis Ramalho também deu sua contribuição na construção da hoje denominada Usina Luiz Gonzaga. Na imagem relíquia, da esquerda para direita: Damião, José Hermes, Naldo de Zuleide, Januário (In Memorian), Aloísio, Assis Ramalho [quando ostentava sua saudosa vasta cabeleira] e João José (seu João). 

Mais fotos dessa visita estão disponíveis no link https://albunsblogar.blogspot.com/2018/09/visita-usina-luiz-gonzaga.html

História
A Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga, inaugurada como Usina Hidrelétrica de Itaparica em 1988, localizada na cidade de Petrolândia, no Sertão de Pernambuco, na divisa com o estado da Bahia. A usina foi renomeada em homenagem ao cantor e compositor brasileiro Luiz Gonzaga, o Rei do Baião (1912-1989). A construção da Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga-Itaparica pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf ) foram iniciadas em 1979 para aproveitar o potencial de geração de energia do Rio São Francisco.

A Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga está situada entre as usinas hidrelétricas de Sobradinho e Paulo Afonso, ambas na Bahia. A Luiz Gonzaga possui seis geradores com capacidade de 246,6 mil quilowatts, totalizando a capacidade de gerar cerca de 1480 MW.

Com 105 metros de altura e 4.700 metros de comprimento a construção da barragem levou à formação do Lago de Itaparica, pode acumular quase 11 bilhões de m³ (metros cúbicos) e ocupa área de 834 km² (quilômetros quadrados). O reservatório inundou áreas da Bahia e Pernambuco antes habitadas por cerca de 10,5 mil famílias. Os moradores foram reassentados em novas áreas urbanas e rurais, inclusive em locais destinados a projetos de irrigação, dentro dos próprios municípios.

Abaixo, mais fotos de nossa visita à UHE Luiz Gonzaga e fotos da construção da usina que agradeceríamos saber o nome do fotógrafo para registrar o crédito.

 

Veja abaixo fotos do início da construção da Barragem de Itaparica, posteriormente denominada Usina Luiz Gonzaga. 


Redação do Blog de Assis Ramalho

Petrolândia/Itaparica: A GRANDE BATALHA; o vitorioso movimento organizado pelos sindicatos dos trabalhadores rurais do submédio São Francisco

 

 


06.12.1986 – Sexto dia da ocupação – Depois de anos de embate, as partes já se conheciam bem. Os trabalhadores conheciam o modus operandi da empresa e a pressa que tinha de cumprir os prazos de geração de energia definidos pelo governo. E usavam isso estrategicamente a seu favor.

No entender dos atingidos, quem causou o problema tinha obrigação de resolver, mas a Chesf só agia mediante pressão. Naquele dia 05 de dezembro, aqueles homens simples do campo, entraram na sala de reunião dispostos a ensinar à CHESF, de uma vez por todas, como resolver os problemas causados pela hidrelétrica, que nenhum deles havia pedido para ser instalada.

Não havia novidade na pauta, afinal, ela vinha sendo debatida por uma década. Faltava apenas definir critérios , prazos e operacionalização das propostas. A reunião, iniciada no final da tarde, se estendeu até às onze da noite. Após exaustiva discussão, praticamente tudo foi aprovado. Exceto três reivindicações, as principais. Não houve acordo. Deu-se por encerrada a reunião. O representante do Ministério seguiu para Paulo Afonso, de onde embarcaria na manhã seguinte de volta à Brasília.

Entre os acampados, a madrugada foi de negociação. Era urgente convencer os irredutíveis a abrir mão de algumas posições, em troca de outras conquistas. Só assim poderiam retomar as negociações, antes que fosse tarde demais. Cinco dias tensos, vivendo em condições precárias, dormindo no chão, enfrentando polícia, sol e sereno , não poderiam ter sido em vão. Manter a ocupação por mais tempo não ia ser fácil. Assim, decidiu-se abrir mão de alguns pontos, a fim de garantir outros mais importantes.

Urgentemente, Padre Alcides, de Paulo Afonso, foi enviado até o hotel onde estava o representante do ministério. Tinha como objetivo avisar sobre a disposição dos trabalhadores em ceder alguma coisa, desde que a Chesf fizesse o mesmo.

Assim, na manhã do dia seguinte, todos voltaram à mesa de negociação. Depois de muito discutir, os representantes dos trabalhadores concordaram em desistir da proposta de direito de lote para os filhos maiores de 18 anos que morassem com os pais. Em troca, propuseram o aumento do lote proporcional à força de trabalho da família. A Chesf acatou a sugestão.

Depois veio outra questão não menos complicada, a moradia. Diferente da área urbana, para os trabalhadores rurais , a CHESF só queria fazer casa de um vão. Uma salinha apenas, que chamavam de embrião, porque depois poderia crescer. Isso os agricultores não aceitavam. Não sabiam se iriam ter condições de sobreviver, muito menos de aumentar casa.

Após muita conversa e acalorado debate, a CHESF cedeu. Então definiu-se por quatro modelos de casa: quem não tinha nada receberia uma casa pequena, sem varanda. Quem já possuía um abrigo, por mais precário que fosse, teria direito a uma modesta casa com uma pequena varanda. Assim por diante, a casa seria aumentada até chegar no modelo de 70 m². O desafio da Chesf seria construir, em onze meses , as cinco mil casas que não foram construídas em dez anos. Mas isso, a direção garantiu ter condições de cumprir.

Por fim, restava definir o valor da Verba de Manutenção Temporária- VMT, a mais inovadora reivindicação. Os trabalhadores exigiam dois salários mínimos e meio, por família, até o lote começar a produzir. A diretoria da Chesf, que aprendera muito durante o processo, reconhecia a reivindicação como justa. Estava ciente de que, em pelo menos dois anos, não haveria lavoura produzindo nos novos lotes. Mas discorda do valor proposto. Depois de muito debate, chegou-se a um consenso por dois salários mínimos.

Entraves resolvidos. Conseguido no apagar das luzes , o acordo foi fechado depois de tantos anos de luta travada no ambiente extremamente hostil da ditadura. Radiantes , os agricultores receberam a notícia . No carro de som o advogado do Sindicato lia os termos do acordo, sob vivas e aplausos dos presentes. Davi vence Golias. O impossível se realizou. O povo venceu a besta fera, diziam.

Em meio a euforia, homens e mulheres levaram de volta as pedras que eles mesmos haviam carregado para impedir o funcionamento da obra. Alegres, se dirigiam ao transporte que os levariam de volta para casa. Enquanto isso, Oliveira Lima, presidente da Chesf, era convidado pelos dirigentes sindicais a vistoriar a obra e recebê-la de volta, intacta.


Em entrevista à TV VIVA , que cobria o evento, Lima parecia satisfeito com o desfecho. E reconhecendo a justeza da causa e a importância da agricultura para o desenvolvimento do país, dizia esperar que nunca mais uma barragem causasse tantos prejuízos ao homem do campo.
De fato, o vitorioso movimento organizado pelos sindicatos dos trabalhadores rurais do submédio São Francisco, não garantiu somente o direito dos atingidos de Itaparica. Ele provocou mudanças na política de construção de barragens NO MUNDO. A partir de Itaparica, na concessão de empréstimos para grandes obras, o Banco Mundial passou a levar em conta o impacto social na análise de viabilidade dos projetos. Sobradinho nunca mais.

Por isso, o dia 06 de dezembro será lembrado na história, como o dia do acordo que ensinou ao mundo que o progresso só poderá ser considerado, como tal, se beneficiar a todos.

 Por Paula Francinete Rubens de Menezes, baseado em entrevista de Vicente Coelho , concedida à autora em janeiro de 2018 e em vídeo produzido pela TV VIVA.


Notícia relacionada
Petrolândia: Ex-vereadora Elita Ramalho conta a história da batalha contra a Chesf durante a construção da barragem de Itaparica


Elita Ramalho mostra com orgulho seu Certificado de Honra ao Mérito: Em função do movimento liderado pelas guerreiras e guerreiros hoje os agricultores do município estão em suas agrovilas e receberam a VMT (Verba de Manutenção Temporária) que lhes permitiu sobreviver até a terra produzir - Foto: Assis Ramalho

O IGH de Petrolândia, em seu papel de zelar pela memória, convidou 'guerreiros e guerreiras' a falar sobre o papel de cada um deles na grande batalha ocorrida durante a construção da barragem de Itaparica, no início dos anos 70 ao final de 80. Entre os convidados e convidadas, a ex-vereadora e sindicalista aposentada Maria Elita Ramalho Leal. Os demais convidados foram Vicente Coelho, Adaildson e Josefina (que não pode comparecer)


A plateia, formada por alunos do 3º.ano da Escola Jatobá , professores, funcionários da Sec de Cultura e familiares, escutou atenta e emocionada. Ao final, houve a entrega do Certificado de Honra ao Mérito e pode se ver o brilho de felicidade nos olhos dos homenageados, pela oportunidade de falar sobre essa história às novas gerações


A frente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Petrolândia, e do Polo Sindical, eles mobilizaram os agricultores dos municípios atingidos na luta por seus direitos. Deixaram suas famílias em segundo plano e em plena ditadura enfrentaram a polícia, o exército e o poder federal. Sem um tiro sequer venceram essa batalha , cuja vitória repercute até hoje.

Em função do movimento liderado por eles, hoje os agricultores estão em suas agrovilas e receberam a VMT ( verba de manutenção temporária) que lhes permitiu sobreviver até a terra produzir e a manter viva a economia da região. Por causa da coragem e empenho deles , e dos trabalhadores rurais, o município recebe até hoje um dos melhores ICMS do Estado em função da geração de energia elétrica.

Em seu discurso, Elita Ramalho contou a história da batalha contra a Chesf durante a construção da barragem de Itaparica. VEJA VÍDEO ABAIXO

O evento aconteceu no Centro Cultural



Blog de Assis Ramalho
Fotos e vídeos: Assis

Petrolândia/PE: Aniversário de 12 anos do Blog de Assis Ramalho é celebrado com casamento e bênção

 


No dia 31 de outubro de 2023, uma terça-feira, o Blog de Assis Ramalho, fundado em 31/10/2011, completou o 12º ano de atividade ininterrupta. A comemoração deste ano foi diferente, marcada pelo casamento civil e bênção religiosa à união dos blogueiros Assis Ramalho e Lúcia Xavier.

O casamento civil aconteceu no Cartório do Registro Civil de Petrolândia, celebrado pela Tabeliã Socorro Simões, no final da manhã, em ato testemunhado pelo casal Cícero "Macacão" e Eurides Xavier. 

No final da tarde, na Igreja Matriz de São Francisco de Assis, a união foi abençoada pelo Padre Luiz Augusto, cerimônia simples acompanhada por três pessoas especialíssimas. A amiga coach Andréa Queiroz (que registrou toda a cerimônia), a educadora Paula Ramalho, cunhada de Assis Ramalho, e a representante de vendas Rosiane Silva, primucha de Lúcia. Assim, todos das famílias, parentes e amigos foram representados e abençoados na cerimônia religosa. 

O casamento aconteceu após treze anos de relacionamento. 


Redação do Blog de Assis Ramalho