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Por Júlia Nunes, g1 — São Paulo O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, frente aos três últimos meses do ano passado, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (30).
O crescimento foi puxado pela agropecuária, que avançou 12,2%. Também houve alta no setor de serviços (0,3%), enquanto a indústria não mostrou variação significativa (-0,1%).
Em valores correntes, a economia brasileira acumulou R$ 3 trilhões entre janeiro e março. Nos últimos quatro trimestres, o PIB cresceu 3,5%.
O setor agropecuário costuma pesar no PIB no começo do ano por causa da soja, que é o principal produto da agricultura brasileira e tem colheita entre janeiro e maio.
Os fenômenos climáticos também contribuíram, além da recuperação da queda do setor no fim do ano passado, explica Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
Entre as atividades industriais, houve queda nas Indústrias de Transformação (-1,0%) e na Construção (-0,8%). Já a Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (1,5%) e as Indústrias Extrativas (2,1%) tiveram desempenho positivo.
No setor de serviços, o principal crescimento foi de Informação e comunicação (3%). O único grupo que apresentou queda foi Transporte, armazenagem e correio (-0,6%).
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 1%, o consumo do governo subiu 0,1%, enquanto os investimentos tiveram ganho de 3,1% neste trimestre. Exportações subiram 2,9% e importações, 5,9%..
No setor de serviços, todas as atividades apresentaram alta, com destaque para Informação e comunicação (6,9%), Atividades Imobiliárias (2,8%) e Outras atividades de serviços (2,5%). Comércio cresceu 2,1%.
Pela ótica da demanda, os investimentos foram destaque. A atividade avançou 9,1% em relação ao primeiro trimestre de 2024, a quinta alta nessa comparação.
Segundo o IBGE, esse resultado foi puxado pelo crescimento da construção, da produção nacional e importações de bens de capital, com destaque para importação de plataforma de petróleo, além da alta no desenvolvimento de softwares.
O consumo das famílias cresceu 2,6%, influenciado pelo aumento na massa salarial real e no aumento do crédito disponível, apesar dos juros maiores. Já o consumo do governo subiu 1,1%.
Por Júlia Nunes, g1 — São Paulo