Câmara elege Eduardo Cunha para desespero do Planalto

Vitória do peemedebista é dura derrota para a presidente Dilma, que mobilizou ministros para angariar votos para Chinaglia mas viu desafeto vencer a m ais acirrada eleição na Câmara desde 2005, ocasião em que o pernambucano Severino Cavalcanti (PP) derrotou o PT. Além de não ter conseguido emplacar Chinaglia, o partido da presidente terminou a eleição sem nenhum cargo na Mesa Diretora da Casa. Eram 18h47 da tarde deste domingo quando o deputado Eduardo Cunha (RJ), um rebelde na governista bancada do PMDB, encerrou seu discurso na tribuna da Câmara dos Deputados sob o coro de “presidente” e forte aplauso. “Temos que nos dar o respeito para ser respeitados”, discursou o peemedebista. No fundo do plenário, um grupo de deputados da oposição comentava animadamente: “Vai ser pior do que o governo pensava”. E foi. Com 267 votos – dez a mais do que o mínimo necessário –, Cunha foi eleito presidente da Câmara, o segundo cargo na sucessão da presidente Dilma Rousseff, atrás apenas do vice-