06 agosto 2025

Policial do Ceará de 38 anos morre durante curso para militares

Igor Irlei Dedino Carvalho, de 38 anos, que morreu durante um treinamento, ingressou na Polícia Militar do Ceará em 2019. — Foto: Reprodução

Por Lena Sena, g1 CE


Um soldado da Polícia Militar do Ceará morreu na noite desta segunda-feira (4) durante uma instrução do IX Curso de Operações Táticas Rurais (Cotar), que era realizado em Natal, no Rio Grande do Norte.

Segundo a Marinha do Brasil, o soldado Igor Irlei Dedino Carvalho, de 38 anos, passou mal durante a instrução de Natação Utilitária, atividade que faz parte do curso e que ocorria nas instalações do 3º Batalhão de Operações Litorâneas de Fuzileiros Navais.

"Imediatamente ao ocorrido, o militar recebeu os primeiros socorros pela equipe médica que acompanhava a instrução, sendo encaminhado para o Hospital Naval de Natal. Sem responder às manobras de ressuscitação realizadas, infelizmente, o óbito do Soldado foi confirmado", disse a Marinha.

A Marinha lamentou o ocorrido e informou que o Núcleo de Assistência Social do Comando do 3º Distrito Naval foi disponibilizado nos Estados do Rio Grande do Norte e Ceará para apoios necessários.

"A Marinha do Brasil lamenta o ocorrido durante o Curso de Operações Táticas Rurais da Polícia Militar do Estado do Ceará, e solidariza-se com aquela corporação, familiares e amigos do soldado. Um Inquérito Policial Militar foi instaurado para apurar as circunstâncias do ocorrido", disse a corporação.

A Academia Estadual de Segurança Pública disse que o militar sofreu um mal súbito durante uma instrução aquática da disciplina de Operações Ribeirinhas.

"Uma equipe de saúde completa, composta por um médico e dois enfermeiros, estava presente e prestou socorro imediato ao soldado. Igor Irlei foi prontamente levado ao hospital mais próximo, mas, infelizmente, não resistiu",

O órgão esclareceu ainda que a atividade acadêmica estava devidamente regulamentada e autorizada por uma Nota de Instrução, em conformidade com o Regime Escolar da instituição.

"A despeito do cumprimento dos protocolos, a gestão superior da AESP já determinou a instauração de uma investigação preliminar para apurar todas as circunstâncias do ocorrido. A Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará se solidariza com a família e os amigos do Soldado Igor Irlei de Sousa neste momento de imensa dor", disse a Aesp.

Igor ingressou na Polícia Militar do Ceará em 4 de janeiro de 2019 e atualmente estava lotado no Batalhão Especializado em Policiamento do Interior (Bepi).

A Polícia Militar do Ceará também divulgou uma nota de pesar pelo falecimento do soldado da corporação.

“O Soldado Irlei chamava atenção por sua vontade de buscar conhecimento, sempre solícito às missões da PMCE, disciplinado e amigo aos seus irmãos de farda, já deixa saudades”, declarou o capitão João Queiroga, comandante do batalhão.

Curso do Cotar

Tarifaço de Trump: taxas de 50% contra o Brasil entram em vigor nesta quarta-feira

Tarifaço do Trump e agronegócio — Foto: Reprodução/redes sociais

Segundo a Casa Branca, a medida é uma resposta a ações do governo brasileiro que representariam uma 'ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional'. Aeronaves civis, suco de laranja e petróleo estão entre os itens que ficaram de fora.

Por Redação g1 — São Paulo


Entram em vigor nesta quarta-feira (6) as tarifas de importação de 50% impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na quarta-feira (30) um decreto que impõe uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando o total para 50%. A medida, no entanto, prevê uma longa lista de exceções como suco de laranja, aeronaves civis, petróleo, veículos e peças, fertilizantes e produtos energéticos.

Segundo a Casa Branca, o decreto foi adotado em resposta a ações do governo brasileiro que representariam uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”. (veja abaixo a íntegra do texto)

O anúncio oficializou o percentual mencionado pelo republicano em carta enviada a Lula neste mês e afirma que a ordem executiva foi motivada por ações que “prejudicam empresas americanas e os direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos”, além de afetar a política externa e a economia do país.

A Casa Branca cita “perseguição política, intimidação, assédio, censura e processos judiciais” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, classificando essas ações como “graves abusos de direitos humanos” e um enfraquecimento do Estado de Direito no Brasil.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, é citado no texto como responsável por “ameaçar, perseguir e intimidar milhares de seus opositores políticos, proteger aliados corruptos e suprimir dissidências, frequentemente em coordenação com outros membros do STF”.

“Quando empresas americanas se recusaram a cumprir essas ordens, ele impôs multas substanciais, ordenou a exclusão dessas empresas do mercado de redes sociais no Brasil, ameaçou seus executivos com processos criminais e, em um caso, congelou os ativos de uma empresa americana no Brasil para forçar o cumprimento”, diz o comunicado.

Além disso, a Casa Branca também cita o caso do blogueiro Paulo Figueiredo, residente nos EUA e alvo de processo criminal no Brasil por declarações feitas em território americano, como exemplo de violação à liberdade de expressão.

“O presidente Trump está defendendo empresas americanas contra extorsão, protegendo cidadãos americanos contra perseguição política, salvaguardando a liberdade de expressão americana contra censura e protegendo a economia americana de ser sujeita a decretos arbitrários de um juiz estrangeiro tirânico”, afirma a Casa Branca.