Eleita em 2007 como a Data Magna de Pernambuco, em virtude de seu caráter libertário, a Revolução de 1817 foi celebrada pela Assembleia Legislativa de Pernambuco, na manhã desta quarta-feira, 06 de março. Deputados, alunos da rede estadual de ensino e representantes da Maçonaria homenagearam o movimento pernambucano, que defendeu a Proclamação da República, o fim dos impostos e a elaboração de uma constituição democrática, ideias inovadoras no início do século 19.
Domingos José Martins, Antônio Carlos de Andrade e Silva e Frei Caneca lideraram a Revolução, deflagrada em 06 de março de 1817. Eles instalaram um governo provisório, que também defendia a liberdade religiosa e de imprensa. Após dois meses de lutas, as tropas portuguesas venceram e os líderes foram condenados à morte.
Em 2007, a deputada Terezinha Nunes, do PSDB, foi autora de projeto de lei que sugeriu a criação de uma Data Magna para Pernambuco. Mais de cem mil pessoas votaram entre cinco datas históricas. Com 33% dos votos, venceu a Revolução de 1817.
O presidente da Assembleia, deputado Guilherme Uchoa, do PDT, destacou a coragem do povo pernambucano, que protestou contra o absolutismo do império português. O parlamentar também ressaltou a importância de homenagear a Revolução de 1817.
Segundo Terezinha Nunes, milhares de pessoas morreram durante o movimento, pois defendiam a liberdade em relação a Portugal. A deputada ainda salientou o objetivo de tornar a homenagem à Revolução Pernambucana uma comemoração nacional.
O representante da Maçonaria, grão-mestre Antônio do Carmo Ferreira, salientou que a Revolução de 1817 foi organizada pelos maçons. Ele apontou que o movimento tornou irreversível a independência do Brasil. Ao final da cerimônia, uma coroa de flores foi colocada junto à bandeira de Pernambuco, em homenagem aos líderes e outros participantes da Revolução.
Assembleia Legislativa de Pernambuco
Foto: João Bita
Foto: João Bita
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