segunda-feira, abril 13, 2015

Cerca de 49 mil professores da rede estadual iniciam greve a partir desta segunda-feira


Mais de 650 mil alunos da rede estadual ficarão sem aula por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira (13). Aproximadamente 49 mil docentes prometeram cruzar os braços. A categoria cobra o cumprimento da Lei do Piso Salarial, que garante o reajuste de 13,01% a todos os professores e não só aos profissionais com nível médio, que representam apenas 10% da classe, como define o Projeto de Lei 79/2015, aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado, no último dia 31 de março. Para discutir a lei, uma audiência pública esta marcada para esta segunda, às 14h, como Ministério Público de Pernambuco. Na próxima quarta-feira (15), a classe promete fazer uma passeata pelas ruas do Centro do Recife com as centrais sindicais (CUT-PE, UGT, Força Sindical, CGTB e a Nova Central Sindical) a fim de chamar atenção da sociedade sobre a atual situação da classe.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), Fernando Melo, a greve foi uma decisão da categoria depois de inúmeras atividades realizadas para chamar atenção do Governo e exigir dele o cumprimento da Lei do Piso e da Lei Estadual. “O reajuste proposto pelo Estado deixa 45.750 professores da rede estadual de fora de qualquer aumento salarial. A insatisfação da categoria é tão grande que levou os educadores a decretarem greve por tempo indeterminado”, ressaltou Melo. Além de exigir um reajuste unânime para a categoria, os trabalhadores cobram respeito ao Plano de Cargos e Carreira (PCC), que o Governo rasgou com o Projeto de Lei 79/2015. Na próxima sexta-feira (17), os professores realizarão nova uma assembleia. O local ainda não foi definido.

Procurada pela Folha, a Secretaria Estadual de Educação esclareceu que só é possível prever alguma adequação no cronograma de aulas após “sentir” os impactos da mobilização. Segundo a assessoria, será avaliado se haverá adesão de 100% para então ser traçar medidas cabíveis para que os alunos não se prejudiquem com a falta de aulas. Segundo o poder público, o Sintepe rompeu o diálogo prejudicando o ano letivo dos alunos da Rede Pública de Ensino e suas famílias. A gestão estadual adiantou que tem intenção de continuar negociando, mas não avançará os debates enquanto a classe estiver parada.

Folha de Pernambuco

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