domingo, setembro 21, 2014

“Novos desafios para a profissão docente” foi tema de António Nóvoa no último dia do XII Congresso de Tecnologia na Educação


O ex-reitor da Universidade de Lisboa, António Nóvoa, foi um dos destaques do último dia do XII Congresso de Tecnologia na Educação, na sexta-feira (19). Ele apresentou a palestra “Novos desafios para a profissão docente”, comentando sobre três principais passos para revolucionar os métodos de ensino – são eles a ampliação da aprendizagem, a renovação da escola e da pedagogia e a construção de um novo contrato social.

“Estamos presenciando uma transformação muito rápida. O quadro negro, fixo, vazio e vertical perdeu lugar para o tablet, cheio de informações, móvel e horizontal. Isso representa uma série de inovações de conexões entre os indivíduos”, afirma o professor. De acordo com ele, os educadores não devem ter medo das novas tecnologias. “Ironicamente, nós, que muitas vezes temos receio desses novos dispositivos, podemos perceber que está na tecnologia a solução para os nossos sonhos”, completou.

Nóvoa reforçou, também, as diferenças da nova geração para as gerações anteriores. “Os nossos alunos não aprendem como nós aprendemos, eles têm outro ritmo de assimilação. Precisamos investir na formação dos professores para atender a esse novo método de aprendizagem”. Na palestra, o professor afirma que a sala de aula tradicional precisa ser substituída por esses novos métodos. “Existe agora uma teia comunicacional. Não trata-se mais de transmitir conhecimentos, mas sim de fazer os alunos assimilá-los. É isso que nossos alunos estão a nos dizer e nós não estamos a ouvir”.

Um novo tempo - “Inteligência, comunicação e criação. Para se formar um professor, estes são os principais aspectos” foi o que disse o professor português Antônio Nóvoa no início de sua palestra ministrada na parte da tarde. Os professores são responsáveis por interligar os conhecimentos, e isso depende do seu potencial de comunicação. Nenhuma profissão existe sem reflexão teórica e experiência prática. Segundo o palestrante, somos a geração da transição e da mudança, não podemos deixar com que fiquemos para trás.

Antônio comparou a formação de um professor, com a de um médico, dando ênfase à importância de criar um lugar próprio, dentro da própria universidade, com a presença de professores para formarem novos profissionais. Dando como exemplo as universidades de medicina, que adotaram os hospitais-escola. “Muitos discursos e poucas mudanças concretas”, foi como o congressista definiu a falta de uma nova revolução na formação dos professores.

Notícias Senac Pernambuco

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