terça-feira, maio 07, 2013

Ministra diz que é preciso mudar imagem das jovens negras nos meios de comunicação

A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção e Igualdade Racial, Luiza Bairros, participou nesta terça-feira (7) do seminário Desenvolvimento e Mulher Negra, na capital paulista. Segundo a ministra, a secretaria deve desenvolver, em favor da população feminina negra, projetos integrados. O primeiro deles, voltado para o empoderamento do trabalho das jovens. “No sentido de criar um projeto no qual elas sejam apoiadas na escolha de profissões e carreiras que não são as tradicionais para jovens negras”, explicou Luiza.

Um segundo aspecto é o apoio a iniciativas lideradas por mulheres negras no âmbito da comunicação. “Nós consideramos importante para reverter as imagem negativa que se tem sobre nós [negras] na sociedade brasileira”, disse. A ministra disse que os dois projetos devem ser implementados neste primeiro semestre. “É uma iniciativa em parceira com a sociedade civil para fortalecer as organizações de mulheres negras no Brasil”, destacou.

Luiza Bairros comentou o ingresso de estudantes negros nas universidades estaduais paulistas. “Eu não concordo, no geral, com o formato que foi apresentado, mas acho que a sociedade paulista vai dar conta de fazer um processo de discussão de maneira que as ações afirmativas possam ser adotadas nas universidades paulistas despidas de qualquer tipo de preconceito em relação à população negra”, disse a ministra.

A ministra da Igualdade Racial ressaltou a importância do acesso à educação, principalmente depois de observar, nas mudanças que aconteceram no Brasil nos últimos 10 anos, que o processo de ascensão social e econômica da população envolveu, em sua maioria, a população negra.

“O mais interessante é que, entre as negras, você observa a capacidade de se aproveitar as oportunidades criadas”, disse. “Isso traz para nós uma possibilidade de reflexão muito importante, porque, quando se observa os grandes números, as desigualdades raciais ainda permanecem, estão fortes. E a mulher negra, olhada no seu conjunto, continua sendo parte do segmento que experimenta mais desvantagens na população brasileira”.

Agência Brasil

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