domingo, março 15, 2020

Bispo do Crato (CE) pede fim de 'abraço de paz' durante a missa

Dom Gilberto disse que tem acompanhado a repercussão do novo coronavírus pelo mundo e que o alto número de casos tem colocado a Igreja Católica em alerta

O bispo da Diocese de Crato, dom Gilberto Pastana, lançou um comunicado, na manhã deste sábado (14), pedindo para que os fiéis evitem dar as mãos durante o “Pai Nosso” e o “Abraço de Paz”. A medida é para evitar o contágio do novo coronavírus que tem assustado todo o planeta. “Com fé, autocuidado e responsabilidade social e eclesial conseguiremos deter o avanço da doença”, afirmou o sacerdote.

Dom Gilberto disse que tem acompanhado a repercussão do novo coronavírus pelo mundo e que o alto número de casos tem colocado a Igreja Católica em alerta, “sobretudo nesse tempo que vivenciamos a Campanha da Fraternidade, cujo tema nos impele à promoção da fraternidade e da vida como dom e compromisso”, reforçou.

O bispo alertou, em primeiro lugar, a importância de elevar a Deus súplicas e preces para que ele elimine a doença. “Inspire médicos e pesquisadores na descoberta de medicamentos eficazes no combate a este vírus”, pediu. No entanto, ressaltou as vendidas de prevenção, como orientações do Ministério da Saúde e os cuidados com a higiene. “O autocuidado e a responsabilidade social são de grande ajuda neste momento”, completa.

Mesmo assim, reforçou a responsabilidade eclesial, principalmente nos momentos celebrativos, onde aglomera muitas pessoas nas igrejas. “É importante nesse sentido, evitar das as mãos durante a oração do Pai-Nosso e no abraço de paz”, enfatizou. “Basta-nos uma leve inclinação de cabeça e os mesmos sentimentos fraternos ficam mantidos”, orientou Pastana.

Já durante a comunhão, dom Gilberto pediu que os fiéis evitem receber a hóstia diretamente na boca. “Como a Igreja prescreve, podemos recebê-la estendendo a palma da mão esquerda, levando-a à boca com a direita, mantendo igual piedade e devoção”, suplicou.

Ao fim do comunicado, o sacerdote pediu cuidado em relação as ‘fake news’, notícias falsas que, segundo ele, são compartilhadas para alarmar a população. “Devem ser evitadas e combatidas por todos nós. A busca de informações deve ser sempre feita em fontes confiáveis”, completou.

O último boletim divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) aponta que o Ceará investiga 37 casos suspeitos, sendo 28 somente em Fortaleza. Os municípios de Caucaia, Aquiraz, Tamboril, Juazeiro do Norte e Quixadá seguem analisando um caso cada, enquanto Crato e Itapipoca, dois. Outros 67 pacientes já tiveram a suspeita descartada.

Por Diário do Nordeste

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