quarta-feira, setembro 02, 2015

Microempreendedores individuais de baixa renda vão ter curso de gestão pelo Pronatec

Formatura de turma piloto em Belo Horizonte, desenvolvida pelo Sebrae, reforça importância de nova modalidade de qualificação profissional

Brasília, 1º – “Somos importantes, somos parte fundamental deste país”, afirmou o orador Glauco Reis durante a formatura no curso de Microempreendedorismo Individual do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), em Belo Horizonte, no mês passado. Reis é eletricista e Microempreendedor Individual (MEI). Ele foi um dos 25 participantes da turma piloto para fortalecimento de MEIs realizado pelo Sebrae Nacional, com apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). 

O objetivo do governo federal é fortalecer 100 mil microempreendedores individuais de baixa renda até o final de 2018. “Muitos tiveram que aprender na vida uma profissão para sobreviver, mas tinham que trabalhar de manhã, à tarde e à noite para sustentar a família. Estamos falando de pessoas que não tiveram oportunidade, mas que exercem bem a profissão e são empreendedores individuais, mas precisavam de maior noção de gestão”, explica o diretor de Inclusão Produtiva do MDS, Luiz Muller. Dos 5 milhões de MEI formalizados no país, 525 mil são beneficiários do Bolsa Família.

Durante dois meses, microempreendedores de baixa renda que são beneficiários de programas sociais, como o Bolsa Família, aprenderam a gerir melhor os seus negócios. Wendell Lúcio Marcos de Souza, 41 anos, é designer gráfico, têm três filhos e a esposa, Flávia Carolina Martins de Souza, é beneficiária do Bolsa Família. Ele já foi servente de pedreiro, segurança, vendedor, dublador, técnico em manutenção de computadores, entre outros serviços, mas não conseguia se fixar em um trabalho.

O curso do Pronatec que acabou de concluir o ensinou a focar em uma atividade e a fazer gestão financeira das contas pessoais e dos serviços gráficos que presta no comércio. “Daqui para frente meu negócio vai se desenvolver bastante. Eu tinha a visão fechada de que eu tinha que fazer de tudo para que ele crescesse. Mas não via que eu tinha que fazer parcerias. Fiz muitos parceiros, 80% do serviço gráfico que fiz neste mês vieram deste curso”, aponta Wendell.

De acordo com a gerente da Unidade de Capacitação Empresarial do Sebrae Nacional, Mirella Malvestiti, o grande desafio foi fazer um curso mais longo para um público de menor escolaridade e baixa renda. “Fizemos uma formação na área de gestão para que eles consigam ter negócios com mais chance de crescer e ter sucesso. Procuramos criar um ambiente de acolhida com um bom conteúdo técnico, bons professores, mas acima de tudo, com a preocupação deles estarem aprendendo e fazendo diferença na vida deles.”

Ascom MDS

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