quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Tonho Matéria incendiou e levantou a galera no encerramento do carnaval de Petrolândia

Coube ao cantor e compositor baiano, Tonho Matéria, fazer o encerramento do carnaval de Petrolândia. Aliás foi um verdadeiro show. O baiano mostrou por que é querido pelo povo da cidade de Petrolândia, desde os tempos em que ele puxava o Bloco Pileque, durante as festas de Carnaval fora de época (Petrofolia) nos anos 90.

Tonho Matéria e Assis Ramalho
Com muita energia e simpatia, além, é claro, de um bom repertório, Tonho Matéria agitou o enorme público presente na orla fluvial. Ninguém melhor do que ele para fazer o encerramento do brilhante carnaval, que foi o de Petrolândia. O Blog não poderia deixar de entrevistar aquele que incendiou ainda mais o nosso carnaval. Na entrevista, ele fala do seu amor pelo Bloco Pileque (já extinto) e pela cidade de Petrolândia, entre outros assuntos. Confira:

Assis Ramalho: Tomho Matéria, depois de muitos anos, qual o sentimento de estar de volta a Petrolândai?

Tonho Materia: Olha, já tem um bom tempo que eu estive aqui, mas participei de vários carnavais nesta cidade, puxando o Bloco Pileque. E hoje retorno, onde vou tocar no palco, e pela parte do dia, e isso é muito gratificante, saber que todo mundo me espera ansioso, tanto a velha guarda quanto a nova guarda.


Prefeito Lourival Simões e Primeira Dama, Anna Tereza
Assis Ramalho: Você ainda lembra do início, onde os trios elétricos desfilavam aqui em Petrolândia, já  que naquela época ainda não existia esta orla maravilhosa?


Tonho Matéria: É verdade, eu me lembro. Mas eu cantava com muito amor, eu trazia a música boa, a energia, e é o que eu vou tentar repetir hoje aqui. Deixar mais uma vez a minha energia, a minha música, a minha forma de cantar pra toda rapaziada aqui de Petrolândia, porque eu estava morrendo de saudades. Eu vou fazer um show sem preocupação de estar lapidando acordes, é um show para o povo, é um show pra levantar o povo, pra todo mundo pular, se divertir, beber, namorar, dançar, amar. Enfim, é um show eletrizante.

Assis Ramalho: Não estão misturando muito as músicas de hoje, não estão fugindo da cultura?

Tonho Matéria: É verdade. Mas isto é uma lei natural, tudo se transforma, se modifica, e nós temos que entender estas modificações, estas transformações, e nos adaptarmos a todos estes costumes novos que estão acontecendo. E é até bom que tenha coisas novas, novos artistas surgindo no Brasil para que a gente tenha músicas tocando no Brasil, e que saia para o mundo.

Assis Ramalho: Voltando para Petrolândia, o Bloco Pileque (os antigos membros) tem um amor muito grande por você, e você, ao que parece, ainda não esqueceu o bloco?

Tonho Matéria : É verdade, foi um amor muito grande, uma paixão enorme. Eu, quando vinha pra cá puxar o bloco, eu trazia minha alma, o meu coração, o meu amor, a minha música, a minha energia, e aí me fez, e me faz feliz, sendo um amor eterno.

Assis Ramalho: Eu já vi, em entrevista, você citar Petrolândia, dizendo que a cidade tem muito a ver com a sua carreira. Você fala com toda sinceridade? Petrolândia realmente tem a ver com a sua carreira musical?

Tonho Matéria: Tem. Tem porque no meu começo de carreira, a cidade me recebeu muito bem. Eu convivi por quase 10 anos aqui, fazendo shows, e hoje meninas que estão com 20 anos, eu vi garotinha, com poucos anos de idade, e me acompanham até hoje, e isso é superinteressante para o meu trabalho e para a minha carreira artística.

Assis Ramalho: Você é cantor e compositor, inclusive compõe para bandas famosas como, por exemplo, a banda "Chiclete com Banana". (Você) continua compondo?

Tonho Matéria: Sim, continuo gravando. Mas hoje eu estou um pouco preguiçoso de levar músicas pra galera (das bandas), porque hoje eu tenho um trabalho internacional. Eu vou pra Grécia, pra Suíça, EUA, (estou) no continente americano, no continente africano. Então a gente está com muitas dificuldades pra dar continuidade aos trabalhos da Bahia. Mas pra mim é muito importante eu estar aqui hoje em Petrolândia.

Assis Ramalho: Valeu, Tonho! Obrigado.

Fotos: Assis Ramalho
e Lúcia Xavier


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