segunda-feira, dezembro 05, 2016

Pesquisadores avaliam hidrograma ambiental no baixo trecho do rio São Francisco

"O trabalho mostrou indícios de uma degradação, principalmente com relação à qualidade de água e manejo do solo, comprometendo diretamente e indiretamente o ecossistema aquático", diz professora da UFBA (Foto: CBHSF/Divulgação)

Pesquisadores da bacia do São Francisco apresentaram na última sexta-feira (02), em Penedo (AL), os resultados do projeto de pesquisa intitulado Avaliação dos Impactos da Implementação do Hidrograma Ambiental (AIHA) no baixo trecho do rio São Francisco, entre os estados Sergipe e Alagoas. A apresentação foi feita durante a XXXI Plenária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF).

O estudo aborda a possível implementação do hidrograma na região do Baixo São Francisco, buscando identificar a partir dos impactos resultantes da baixa vazão os usuários mais conflitantes da bacia, bem como avaliar os impactos econômicos e a busca por um melhor atendimento aos usos consultivos. Ou seja, aqueles que retiram água de sua fonte natural diminuindo sua disponibilidade.

O projeto, encabeçado por seis universidades brasileiras, pontua a importância da alocação de água para o atendimento aos usuários da bacia, incluindo a reserva de uma parcela para o meio-ambiente. "O trabalho mostrou indícios de uma degradação, principalmente com relação ‘à qualidade de água e manejo do solo, comprometendo diretamente e indiretamente o ecossistema aquático", disse a professora Yvonildes Medeiros, da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

A especialista lembrou que a maioria dos problemas está associado à redução da vazão e à prática inapropriada deste solo. "Precisamos buscar uma situação sustentável, de equilíbrio. Perdas haverão para todos os lados. Mas a decisão de consenso cabe aqui, ao Comitê", lembrou. O estudo encontra-se em fase de conclusão, sendo posteriormente publicado no site do comitê federal.

Assessoria de Comunicação CBHSF

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