quarta-feira, março 11, 2015

MST fecha várias BRs e trava rodovias em Pernambuco, inclusive em Petrolândia

Alguns pontos que tiveram bloqueios durante a manhã já foram liberados pela PRF. São eles: Km 130 da BR-407, em Petrolândia e Km 376 da BR-316, em Petrolina


Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em Pernambuco estão realizando nesta quarta-feira (11), uma mobilização nas rodovias que cortam o Estado.  Os protestos fazem parte de uma mobilização nacional do MST, denominada Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Camponesas, para reivindicar terras que foram desapropriadas e um debate sobre a reforma agrária.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, nove trechos em sete BRs foram interditados pelo MST. Há pontos de concentração no km 2 da BR-101, na divisa de Pernambuco com a Paraíba; no km 29 da BR-232, em Moreno, Região Metropolitana do Recife; no km 91 da BR-104, em Cupira; no km 86 da BR-408, no Recife; no km 43 da BR-104, em Lampião; no km 162 da BR-423, em Garanhuns, no Agreste; e no km 190 da BR-232, em Belo Jardim, no Agreste. Alguns pontos que tiveram bloqueios durante a manhã já foram liberados pela PRF. São eles o km 376 da BR-316, em Petrolina, e o km 130 da BR-407, em Petrolândia, ambos no Sertão do Estado. Segundo o Batalhão da Polícia Rodoviária (BPRv), responsável pelas rodovias estaduais, até o momento só foram registradas manifestações na PE-160, próximo a Catende, na Zona da Mata.

Na ponte Presidente Dutra, em Petrolina, que liga o município do Sertão pernambucano à cidade de Juazeiro, na Bahia, os manifestantes atearam fogo a entulhos e fecharam a rodovia. Cerca de 400 pessoas estão reunidas no local.

Em um comunicado publicado na página oficial do MST, o movimento informa que as mobilizações acontecem em 21 Estados. Além de Pernambuco, as ações serão realizadas no Rio Grande do Sul, Maranhão, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Distrito Federal, Paraíba, Goiás, Alagoas, Sergipe, Mato Grosso, Tocantins, Rio Grande do Norte, Ceará, Espírito Santo, Piauí, Pará e Mato Grosso do Sul. Segundo Ana Emília, integrante da direção estadual do movimento, os protestos não têm hora para terminar. "O país nao vive só de lista de Lava Jato, nós temos lutas efetivas a serem realizadas. A mobilização vai depender do tempo que precisar para apresentarmos nossas reivindicações", explicou.


A coordenadora estadual do MST, Cristiane Albuquerque, informou que uma comissão formada pelos sem terra conseguiu marcar uma audiência com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, para apresentar as pautas do movimento. "Queremos dizer para o Governo que os trabalhadores não estão satisfeitos com o modelo do agronegócio, em função disso a gente espera que o Governo possa receber a nossa pauta e dialogar com a gente sobre as necessidades específicas para o campo", explica.

Do JC Online

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