sexta-feira, agosto 09, 2013

Itacuruba(PE): Observatório astronômico é credenciado internacionalmente

 
Montagem do segundo maior telescópio no Brasil em operação em Itacuruba. 
Instalação é voltada para pesquisa de seguimento e caracterização das propriedades de asteroides e cometas que apresentam risco de colidir com a Terra

Na paisagem árida do município pernambucano de Itacuruba, no Sertão de Itaparica, a 480 quilômetros de Recife, destaca-se, no alto de um monte, um observatório astronômico com o segundo maior telescópio no Brasil – o primeiro está em Minas Gerais. É o OASI – sigla para Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica.

Construído pelo Observatório Nacional (ON) do Rio de Janeiro e em operação desde 2011, o OASI foi credenciado em fevereiro pelo Centro de Corpos Menores da União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês) sob o código Y28 OASI. Com isso, passou a integrar a listagem oficial dos observatórios astronômicos reconhecidos pela entidade máxima da astronomia mundial.



“O OASI recebeu essa designação [Y28.] porque observamos por meio dele objetos menores descobertos por outros monitoramentos astronômicos internacionais e enviamos as coordenadas deles para o IAU para o aprimoramento de suas órbitas”, disse Daniela Lazzaro, pesquisadora do Observatório Nacional, à Agência FAPESP.

A pesquisadora apresentou um balanço das atividades do OASI durante a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada entre 21 e 26 de julho, em Recife (PE).

De acordo com Lazzaro, o Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica foi concebido para atender ao projeto Iniciativa de mapeamento e pesquisa de asteroides nas cercanias da Terra no Observatório Nacional (Impacton).

Desenvolvido em colaboração com instituições de pesquisa em astronomia do exterior dedicadas ao tema, o projeto faz parte de uma rede de programas internacionais de busca e seguimento de pequenos corpos do Sistema Solar – como asteroides e cometas – em risco de colisão com a Terra.

Com diâmetros variados, alguns desses objetos celestes podem colidir com a superfície terrestre, abrindo crateras e destruindo pequenas ou grandes áreas, dependendo de seu tamanho.

Alguns dos desafios para detectá-los por meio de telescópios, segundo Lazzaro, é que são objetos muito pequenos e não têm luz própria – só refletem a luz do Sol. Muitos deles são observados apenas quando suas órbitas se aproximam muito ou cruzam com a da Terra – como aconteceu em fevereiro, na Rússia, quando fragmentos de um meteoro de 40 metros de diâmetro caíram em uma cidade do sul do país, ferindo mais de mil pessoas.

EXAME.com

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