terça-feira, julho 25, 2017

Petrolândia: Dia Internacional da Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha é celebrado com ato em frente ao Mercado Público







Na manhã de sexta-feira passada (21), a Prefeitura de Petrolândia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, Cidadania e Juventude (Sedes), representada pela Coordenadoria da Mulher, e o Conselho Municipal de Políticas da Mulher realizaram ato em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha, celebrado hoje, 25 de julho. 

Realizado em frente ao Centro Comercial Abel Henrique de Souza (Mercado Público), no dia da feira livre, o ato contou com presenças da Coordenadora da Mulher, Ducilene Lima, Conselheiras Municipais dos Direitos da Mulher. Também se fizeram presentes  a ex-primeira dama de Petrolândia, Anna Tereza C. C. Leal Simões e lideranças da Comunidade Quilombola Borda do Lago/Negros de Betinho.

As professoras Suemys Pansani (EREM de Jatobá) e Jussara Araújo (EREM Maria Cavalcanti Nunes) expuseram o cenário em que a mulher negra está inserida atualmente e cobraram mais direitos e respeito, com palavras complementadas pela Diretora de Cultura Quilombola da Prefeitura de Petrolândia, Cássia, que ainda elogiou o 1º Encontro das Mulheres Negras do Sertão do São Francisco, realizado em Petrolina no dia anterior (20). 

Apresentaram-se o grupo de dança Maracatu Sertão, da Casa das Juventudes de Petrolândia, e o grupo de maculelê do Comunidade Quilombola Borda do Lago/Negros de Betinho (ver vídeos no final desta postagem).

Na oportunidade, o Mercado Público recebeu ainda ação contra o trabalho infantil, com panfletagem. 


História da data - Em abril de 2014 a Câmara dos Deputados, aprovou a proposta do Senado que institui o dia 25 de julho como Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Foi aprovada também, a inclusão, no calendário comemorativo brasileiro o 25 de julho Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Com esses projetos de lei aprovados, o Brasil reafirma a importância da data que foi instituída no calendário feminista no 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, que aconteceu em 1992, na República Dominicana.

Iniciativas como estas vêm ao encontro da necessidade do reconhecimento da história das mulheres negras que estiveram no centro das lutas e movimentos sociais e culturais. Pouco se conhece sobre nossas heroínas negras: Dandara, Luíza Mahin, Carolina Maria de Jesus, Mãe Menininha, Laudelina Mello, Tereza de Benguela e tantas outras.

Quem foi Tereza de Benguela

Tereza de Benguela é considerada uma grande guerreira mato-grossense e símbolo da resistência negra no Brasil colonial. Uma liderança quilombola que viveu no século XVIII, companheira de José Piolho, que chefiava o Quilombo do Quariterê, nos arredores de Vila Bela da Santíssima Trindade, Mato Grosso.

Quando José Piolho morreu, Tereza assumiu o comando daquela comunidade quilombola e liderou levantes de negros e índios em busca da liberdade revelando-se uma grande líder.

Apesar da pouca representatividade na história oficial do país, Tereza é comparada ao líder negro Zumbi dos Palmares, a “Rainha do Pantanal” do período colonial. Sobreviveu até 1770 e não se sabe ao certo como morreu, mas morreu lutando.



Redação do Blog de Assis Ramalho
Fotos e vídeos: Lúcia Xavier
Fonte: Ascom/Consea

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