terça-feira, janeiro 09, 2018

Chesf diz que aumento repentino da vazão do Rio São Francisco foi causado por problema técnico em comporta de Xingó

Elevação do nível do Rio São Francisco foi sentida em diversas cidades ribeirinhas, mas principalmente em Piranhas (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

O aaumento repentino na vazão do Rio São Francisco na Hidrelétrica de Xingó no último fim de semana, que causou prejuízos a comerciantes de Piranhas, no Sertão de Alagoas, e de Sergipe, foi provocado por um "problema técnico da comporta do sistema extravasor" da usina, segundo informou em nota a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) nesta terça-feira (9).

No sábado (6), a Chesf havia informado que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) solicitou, de forma emergencial, o aumento na vazão da hidrelétrica para suprir a deficiência de energia gerada pelo processo eólico.

Nesta manhã, o diretor de Operações da Chesf, João Henrique de Araújo Franklin Neto, disse em entrevista ao G1 que uma comporta que normalmente fica semiaberta para manter a vazão em 550 m³/s foi aberta para aumentar a vazão às 21h de sexta (5), e depois, à 1h de sábado, ela foi mantida novamente semiaberta.


"Essa comporta teve um problema no mecanismo de travamento e ela abriu. Com essa abertura, nós atuamos e fechamos essa comporta. Abrimos uma outra que o mecanismo não estava com problema e fizemos alguns bloqueios adicionais para que o problema não volte a se repetir", explicou o diretor.

Ainda segundo a companhia, os reflexos do problema foram sentidos com mais força no município de Piranhas, onde mesas e cadeiras de restaurantes localizados à beira do rio e barcos foram levados pela força da água.

Outras cidades ribeirinhas do Baixo São Francisco também sentiram o aumento da vazão, mas em menor proporção, como na região de Poço Redondo, em Sergipe.

A Chesf ressalta que o aumento da vazão não extrapolou a calha principal do Rio São Francisco.

Veja abaixo a nota na íntegra:

Nota de Esclarecimento

A Chesf informa que em complemento à comunicação anterior sobre a alteração da vazão defluente na Usina de Xingó, no dia 06/01/2018, houve a necessidade de aumento de geração na Usina de Xingó, em virtude de déficit de geração eólica, não previsto, que associado ao incremento de vazão em virtude de problema técnico ocorrido em uma comporta do sistema extravasor (vertedouro) desta usina, resultou na elevação da vazão defluente atualmente praticada de 550 m³/s.

Com relação ao problema técnico da comporta, ressalta-se que foram, imediatamente, adotadas ações de bloqueio para assegurar que o fato não venha a se repetir.

O acompanhamento da propagação das vazões defluentes de Xingó indicou que o maior reflexo ocorreu na cidade de Piranhas, e em menor proporção nas demais cidades ribeirinhas do trecho do Baixo São Francisco. É importante salientar que as vazões observadas, neste evento, atingiram valores que não extrapolam a calha principal do Rio São Francisco.

G1 AL

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