sexta-feira, agosto 05, 2016

Secretaria de Saúde de Pernambuco reforça sobre vacina tríplice viral


Com o aumento do fluxo de visitantes nacionais e internacionais por causa das Olimpíadas e Paraolimpíadas no Rio de Janeiro, a Vigilância Epidemiológica do Estado está monitorando a possibilidade da ocorrência de algumas doenças transmissíveis em Pernambuco, de acordo com o que está acontecendo em outros países. Para prevenir algumas doenças já conhecidas, a Secretaria Estadual de Saúde (SES/PE) reforça a necessidade da população - crianças e adultos - manter-se imunizada contra a caxumba, a rubéola e o sarampo. Para isso, existe a vacina tríplice viral, com a qual o indivíduo fica protegido contra os três males.

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) declarou, no último mês de julho, que o país estava livre do sarampo. Em Pernambuco, foram registrados 26 casos entre 2013 e o início de 2014. Desde então, o Estado está livre da doença. “Mesmo com a eliminação de algumas doenças no Brasil, como a poliomielite e o sarampo, é necessário que a população continue sendo imunizada, já que outros países ainda contabilizam casos”, ressalta a coordenadora do Programa Estadual de Imunização da SES, Ana Catarina de Melo.

No caso da caxumba, alguns Estados do Sul e Sudeste relataram o aumento das ocorrências. Também foram registrados casos na China. Pernambuco também foi notificado de cinco surtos, quando há vários casos registrados em uma mesma localidade. Em 2015, não foram relatados surtos. De acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que, 85% dos adultos não vacinados poderão ser acometidos pela caxumba, sendo que 1/3 dos infectados não apresentarão sintomas. Em relação à rubéola, também há a circulação da doença na China.

PROTEÇÃO – A vacina tríplice viral é a responsável por proteger a população contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. De acordo com o calendário de vacinação brasileiro, ela deve ser aplicada nas crianças aos 12 meses. Após essa dose, é feito um reforço aos 15 meses com a tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela).

Para as crianças acima de 2 anos que não foram vacinadas aos 12 meses, a indicação é aplicar a tríplice viral em duas etapas, com intervalo de 30 dias entre elas. Já adultos a partir dos 20 anos e até os 49 anos, não imunizados ou que não sabem se foram vacinados, devem procurar os postos de saúde para se prevenir.

“É importante que os pais ou responsáveis guardem o cartão de vacinação de seus filhos. Esse é um documento importante para a vida toda. Com ele, podemos saber quais as vacinas foram aplicadas nas crianças e, com isso, seguir com o esquema de vacinação corretamente”, frisa Ana Catarina de Melo.

CAXUMBA – Doença viral aguda, caracterizada por febre, dor e aumento de volume de uma ou mais glândulas salivares, com predileção pelas parótidas e, às vezes, pelas sublinguais ou submandibulares. Ocorre primariamente no escolar e no adolescente, de evolução benigna, mas eventualmente podendo ser grave, chegando a determinar hospitalização do doente. A caxumba é doença de distribuição universal, de alta morbidade e baixa letalidade, aparecendo sob a forma endêmica ou surtos.

SARAMPO – Caracteriza-se por febre alta, acima de 38,5° C, exantema máculopapular generalizado (área vermelha e plana na pele com pápulas pequenas), tosse, coriza, conjuntivite e manchas de Koplik (pequenos pontos brancos que aparecem na mucosa bucal, antecedendo ao exantema). A ocorrência de febre, por mais de três dias, após o aparecimento do exantema, é um sinal de alerta, podendo indicar o aparecimento de complicações. As complicações mais comuns são: infecções respiratórias; otites; doenças diarreicas e neurológicas.

RUBÉOLA – doença infecto-contagiosa causada pelo Togavírus. Sua característica mais marcante são as manchas vermelhas que aparecem primeiro na face e atrás da orelha e depois se espalham pelo corpo inteiro. O contágio ocorre comumente pelas vias respiratórias com a aspiração de gotículas de saliva ou secreção nasal. A rubéola congênita, ou seja, transmitida da mãe para o feto, é a forma mais grave da doença, porque pode provocar malformações como surdez e problemas visuais na criança.

O Brasil está oficialmente livre da rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC). O país não registra casos da transmissão endêmica das doenças desde 2008 e 2009, respectivamente, tendo recebido da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) o Certificado de Eliminação da Rubéola em 2015, em conjunto com os demais países das Américas. No campo das doenças transmissíveis, a importância epidemiológica da rubéola está representada pela ocorrência da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), que atinge o feto ou o recém-nascido cujas mães se infectaram durante a gestação. A infecção na gravidez acarreta inúmeras complicações para a mãe (aborto e natimorto) e para os recém-nascidos, como malformações congênitas (surdez, malformações cardíacas, lesões oculares e outras). Recomenda-se que todo viajante que se dirija ao Brasil seja vacinado antecipadamente contra a rubéola, visando evitar a reintrodução do vírus no país.

Secretaria-Executiva de Atenção à Saúde/Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco

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