terça-feira, setembro 17, 2013

Blog de Assis Ramalho entrevista com exclusividade o repórter investigativo do ''Conexão Reporter'' do SBT, Roberto Cabrini

Roberto Cabrini em entrevista a Assis Ramalho
Fotos: Leopoldo Leal/Blog de Assis Ramalho

Na noite desta desta segunda-feira, 16 de setembro, a reportagem do Blog de Assis Ramalho fez entrevista exclusiva com o repórter Roberto Cabrini, comandante do Conexão Repórter do SBT. O competente jornalista já foi correspondente internacional da Rede Globo em Londres e Nova York, ganhou os principais prêmios como repórter investigativo (Esso, APCA, Líbero Badaró, Imprensa, Tim Lopes e Vladimir Herzog) e cobriu seis guerras.

Em conversa com Assis Ramalho, Roberto Cabrini afirmou que está em Petrolândia realizando reportagem investigativa sobre trabalhadores que saem do sertão e vão se aventurar no Sul e Sudeste do Brasil. Roberto Cabrini afirma que sonha que chegará o dia em que o sol nascerá para todos, e não apenas para meia dúzia de privilegiados no nosso país.

"A injustiça é algo que toca o meu coração e é para isso que existe o Conexão Repórter que é um programa jornalistico que combate as injustiças''. disse.

Perguntado se já sofreu ameaças por conta de suas reportagens investigativas, Cabrini respondeu que a ameaça faz parte da sua  profissão. "Eles perseguem, processam, mas eu estou preparado para tudo isso, porque acredito piamente naquilo que eu faça, porque tudo que eu faça é em homenagem às pessoas que confiam no meu trabalho." 

Entre outros assuntos, em relação à sua brilhante carreira jornalistica, Roberto Cabrini também fala com exclusividade à reportagem do Blog de Assis Ramalho sobre um dos maiores furos de reportagens da história do país, que foi a sua entrevista exclusiva com Paulo Cesar Farias, o PC. Em outubro de 1993, após sete meses de investigação, Roberto Cabrini descobriu o paradeiro do fugitivo da justiça, Paulo César Farias, em Londres, driblando até mesmo as buscas da polícia brasileira. PC Farias foi tesoureiro de campanha de Fernando Collor de Mello nas eleições presidenciais brasileiras de 1989. Cabrini foi a personalidade chave, que causou o primeiro processo de impeachment da América Latina, em 1992.

Todos os detalhes desta entrevista exclusiva, o Blog de Assis Ramalho vai mostrar na íntegra em breve. Aguarde.

Veja abaixo o histórico do Repórter Roberto Cabrini:

Considerado um dos principais jornalistas brasileiros, especializado em jornalismo investigativo,coberturas de guerra e de defesa dos direitos humanos, ganhou praticamente todos prêmios importantes em seu meio em 3 décadas de carreira. Roberto Cabrini iniciou sua carreira aos 16 anos de idade em uma rádio e um jornal do interior de São Paulo (Piracicaba)1 e, aos 17, foi contratado pela TV Globo como o repórter mais jovem do telejornalismo de rede da história do país, inicialmente atuando como repórter esportivo.

Em 30 anos de carreira, Roberto Cabrini cobriu seis guerras internacionais (Afeganistão2 , Iraque, Palestina, Camboja, Caxemira e Somália; participou de cinco Olimpíadas e cinco Copas do Mundo; foi correspondente por oito anos - quatro deles em Londres e quatro em Nova York - além de realizar coberturas em mais de 60 países.

Em outubro de 1993, após sete meses de investigação descobriu o paradeiro do fugitivo da justiça Paulo César Farias em Londres, driblando até mesmo as buscas da polícia brasileira. PC Farias foi tesoureiro de campanha de Fernando Collor de Mello nas eleições presidenciais brasileiras de 1989. Foi a personalidade chave que causou o primeiro processo de impeachment da América Latina, em 1992.3

Em 1995 produziu o documentário "Enigma das Alagoas" que apresentava a mais célebre entrevista com o presidente Fernando Collor de Mello depois do impeachment. A técnica utilizada para a entrevista repleta de perguntas cortantes (estilo marcante de Cabrini) e muitos dados, gerou reconhecimento de todos veículos de comunicações. O Estado de São Paulo o escolheu como o melhor do jornalismo da TV neste ano, a revista Veja considerou esta a melhor reportagem do ano.

Neste mesmo ano concluiu o documentário "Enigma das mil e uma noites" após vários meses no Iraque, conseguindo provar a existência de soldados iraquianos que por se recusarem a servir seu exército tiveram suas orelhas cortadas pelo regime de Saddam Hussein, algo até então negado veementemente por Bagdá em uma entrevista exclusiva com o então vice-primeiro-ministro iraquiano Tariq Aziz. Conseguiu penetrar no norte do país onde revelou as sequelas dos ataques com armas químicas na cidade curda de Halabja pelas forças de Saddan Hussein. A entrada na cidade tinha sido bloqueado aos jornalistas desde o ataque de 1988. Terminou o ano com uma grande entrevista com o lider palestino Yasser Arafat e ainda com os guerrilheiros preparados para o martírio, os homens-bomba recrutados para se explodirem contra alvos israelenses. Foi então também considerado pelo jornal do Brasil como o melhor repórter em atividade da TV brasileira.

Em 1996, foi o único jornalista da América Latina a cobrir a ascensão do grupo radical Taliban no Afeganistão, fortemente apoiado pela Al Qaeda, de Osama Bin Laden que se armou com a ajuda americana ...Nessa cobertura produziu o documentário "Em nome de Alá", vencedor do Prêmio Vladimir Herzog de direitos humanos. Em setembro de 1997 após uma investigação de cinco meses localizou na Costa Rica na América Central, a fugitiva Jorgina de Freitas Fernandes, a maior fraudadora da história do INSS no Brasil. Ganhou com a reportagem o Prêmio Previdência Social de Jornalismo.
Ainda em 1998 elaborou a reportagem "A verdadeira história do vôo 254", contando em detalhes o que de fato aconteceu em um dos piores desastres da aviação brasileira. (boeing 737-200 da Varig que se perdeu e acabou em um pouso forçado em plena floresta Amazônica em 3 de novembro de 1989). A reportagem garantiu a ele o VI Prêmio Líbero Badaró de jornalismo. Também foi Roberto Cabrini quem noticiou, ao vivo, pela TV Globo, o óbito do piloto Ayrton Senna em maio de 1994. Cabrini cobria o GP de fórmula 1 de Ímola, na Itália, e foi a Bologna acompanhar a sequência dos fatos onde entrou em plantão ao vivo para noticiar o fato.4 A frase usada por Cabrini para noticiar a morte do piloto tornou-se célebre em todo Brasil"Morreu Ayrton Senna da Silva,uma notícia que a gente jamais gostaria de dar.Morreu Ayrton Senna da Silva"A transmissão foi feita pelo telefone com Roberto Cabrini sendo chamdo por Léo Batista que estava no estúdio no Rio de Janeiro.

Em 1998 denunciou um grande esquema de venda de crianças para países europeus no Sri Lanka na extremidade sul do subcontinente indiano, reportagem considerada pela Anistia Internacional uma das melhores já realizadas sobre o assunto em toda história. Desde 2001, como reconhecimento de sua carreria de repórter, passou a atuar também como âncora e editor-chefe de programas jornalistícos. Foi âncora e editor-chefe do Jornal da Noite da Rede Bandeirantes , entre 2002 e 2008. Em 2008 foi contratado pela Rede Record.Nesta emissora, comandou em 2009 o Repórter Record, jornalístico semanal de reportagens investigativas que se tornou nesta época o programa da emissora de maior audiência com médias que chegaram a ultrapassar 20 pontos de IBOPE. Neste ano(2009) ganhou - Prêmio Tim Lopes- com a reportagem "O chefe do tráfico",que revelou os bastidores do tráfico de drogas no Rio de Janeiro. Em 2009, retornou ao SBT, para ser editor-chefe e apresentador do Conexão Repórter,programa de grandes reportagens investigativas criado pelo próprio jornalista .Logo em seus primeiros anos de existência o programa provocou a realização de 3 CPIs com suas reportagens: A do tráfico de crianças,pedofilia na Igreja e a dos crimes de preconceito e intolerância racial. Comandando o Conexão Repórter, Cabrini e sua equipe ganharam o mais importante Prêmio de reportagens do Brasil ,o Prêmio Esso de 2010 de telejornalismo. 5]q A reportagem "Sexo,intrigas e poder" investigou casos antes ocultos de pedofilia dentro da Igreja Católica em Arapiraca, Alagoas e levou três sacerdotes incluindo um importante Monsenhor a julgamento, repercutiu em todo mundo e fez com que pela primeira vez o Vaticano reconhecesse a existência de casos de abusos sexuais dentro da igreja católica no Brasil. A sentença dos padres de Arapiraca acusados de pedofilia foi proferida pelo juiz João Luiz de Azevedo Lessa, titular da 1ª Vara Judiciária da Infância e Juventude, no dia 19 de dezembro. O monsenhor Luiz Marques foi condenado a 21 anos de reclusão. Já o padre, Edilson Duarte e o monsenhor Raimundo Gomes foram sentenciados a dezesseis anos e quatro meses. O trabalho jornalístico de Roberto Cabrini e sua equipe foi considerado fundamental pelo ministério público para a condenação histórica dos sacerdotes católicos, fato inédito no Brasil. No dia 3 de janeiro de 2012, o Vaticano anunciou que os três padres de Arapiraca condenados por pedofilia foram expulsos da igreja católica. Em 2012 denunciou os abusos em um hospital psiquiátrico de Sorocaba/SP revelando imagens que lembraram as de campos de concentração do nazismo na segunda Guerra Mundial. A reportagem foi elogiada internacionalmente. Ainda em 2012 , o Conexão Repórter comandado por Roberto Cabrini ganhou o Troféu Imprensa de melhor programa de jornalismo da TV Brasileira do ano anterior,2011. .Em votação realizada em 2013, voltou a ter seu Conexão Repórter escolhido como o melhor programa jornalístico da tv brasileira de 2012, ganhando também o Troféu Internet de melhor jornalístico na votação popular. Ao explicar seu voto para o Conexão Repórter, Keila Jimenez, jornalista da Folha de São Paulo disse"Cabrini respira jornalismo".


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Redação do Blog de Assis Ramalho
Fotos: Leopoldo Cavalcante Leal

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