quarta-feira, maio 13, 2020

Petrolândia/Jatobá: Abolição da escravatura: 132 anos depois - Por José Dantas


No dia 13 de maio do ano de 1888, 132 anos atrás, portanto, através de uma Lei com apenas dois parágrafos, a Princesa Izabel, extinguia formalmente a escravidão no Brasil. Mas, infelizmente a extinção da escravatura se dava de forma meramente formal, pois, de fato, até agora muita gente ainda vive no Brasil, em verdadeiro estado que se equipara à escravidão, notadamente no norte do país, onde os “poderosos”, grandes fazendeiros, a maioria grileiros, mantêm seus “empregados” como se fossem verdadeiros escravos. Vez por outra a televisão nos mostra cenas que atestam o que estamos dizendo.

A história da conta de que “os escravos recém-libertos foram habitar os locais onde ninguém queria morar, como os morros, na costa da Região Sudeste, formando as favelas. Sem emprego, sem moradia digna e sem condições básicas de sobrevivência, o fim do século XIX e a primeira metade do século XX do Brasil foram marcados pela miséria e sua resultante violência entre a população negra e marginalizada”.

Outros se agruparam em comunidades chamadas quilombos, onde só moram os descendentes de africanos escravizados; e, mantêm suas tradições culturais de sobrevivência e religiosidade. No Brasil temos cerca de 430 comunidades quilombolas e em Pernambuco 130.

Nós os brasileiros somos difíceis: nem por decreto se deixa o preconceito e a discriminação racial. Vejam que existe inclusive uma Lei, de N.º 7716, sancionada em 1989, que “tipifica como crime qualquer manifestação, direta ou indireta, de segregação, exclusão e preconceito com motivação racial”; mas, lamentavelmente, ainda hoje a discriminação e o preconceito são vistos a cada instante, em qualquer lugar no Brasil.

Queremos aqui, ao registrar a data, - evento que foi de extrema importância histórica no Brasil e de uma relevante manifestação de humanismo, por parte da então Princesa Imperial Regente -, deixar nossa moção de respeito a todos os remanescentes dos africanos escravizados no Brasil, bem como a todos afrodescendentes brasileiros, natos ou naturalizados. Ninguém é melhor ou pior do que ninguém em razão da cor ou da raça; o que vale é o caráter e a dignidade de cada um; dessa afirmação o momento atual nos dá claro exemplo

José Dantas
Vereador de Jatobá

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