sábado, agosto 31, 2013

Acusado de dopar e estuprar mulheres é interrogado pela Polícia em Delmiro Gouveia-AL

Reprodução
Na época dos crimes Ivanilton Marques''Nino'' era candidato a vereador
e chefe de gabinete da prefeitura de Pariconha-AL

O delegado Regional de Delmiro Gouveia, Rodrigo Cavalcante, interrogou Ivanilton Marques, “Nino”, 40, acusado de abuso sexual mediante fraude, contra três mulheres no interior do estado de Alagoas. Nino que na época do crime era candidato a vereador e chefe de gabinete da prefeitura de Pariconha, foi localizado em razão de trabalho contínuo de investigação feito pelos agentes da distrital.

No ano passado, ele chegou a ser detido em Minas Gerais, em razão de Mandado de Prisão solicitado pela polícia alagoana. De acordo com a Polícia, o acusado é apontado como o homem, que atraia mulheres para seu apartamento e praticava abusos sexuais.



De acordo com as investigações, pelo menos três mulheres foram vítimas, seduzidas pela proposta de emprego, trazidas para um apartamento que possui em Maceió, convencidas a tomar um medicamento de cor azul, para a realização de exames médicos, que serviriam para a admissão.

Segundo os relatos das vítimas, os medicamentos as faziam dormir e assim “Nino” as abusava sexualmente. Rodrigo Cavalcante informou que durante o interrogatório “Nino”, que estava acompanhado de seu advogado, negou todas as acusações e afirmou ser vítima de uma perseguição política. Após as declarações, o delegado remeteu todo o conteúdo do interrogatório à Justiça e aguardará decisão judicial.

De acordo com a delação, “Nino” oferecia vagas de empregos em empresas privadas e públicas da região para jovens que ele próprio ficava encarregado de levar para a realização de exames admissionais que eram feitos em uma clínica de Maceió. Na capital, o candidato enganava e arrumava um jeito de ficar sozinho com suas vítimas em apartamento, que ele pedia emprestado a amigos. Lá, ele as dopava com remédios que afirmava ser para preparo do organismo antes da realização dos exames. As garotas tomavam o medicamento oferecido e adormeciam. Elas acordavam no outro dia sem saber o que aconteceu durante a noite e se sentido como se tivessem praticado sexo.

O caso foi descoberto depois que uma das vítimas não tomou os “comprimidos azuis” oferecidos por “Nino” que dizia ser Dimeticona. A garota de 19 anos foi avisada por telefone por outra jovem que já tinha passado pela mesma situação para não tomar o remédio naquele momento. Foi fingindo ingerir as pílulas que ela conseguiu ficar acordada e perceber quando “Nino” tentou entrar em seu quarto durante a madrugada. Ela ainda constatou a farsa dos exames ao perceber que estava sendo submetida a raios-X do tórax e perfil, o que não seria necessário para a vaga que assumiria. A jovem descobriu que todas as vítimas tinham feito o mesmo exame que também podia ser feito em clínicas próximas de suas cidades.

Depois que o caso foi denunciado, devido à repercussão na cidade, “Nino” chegou a ser agredido enquanto andava pela rua. Depois disso, não mais foi visto no município.

Portal Cada Minuto

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