domingo, dezembro 19, 2021

Programação do Natal dos Bons Ventos da Fundaj é encerrada com nordestinidade natalina presente na música e no cinema

Último dia de ações contou com a apresentação do projeto Natal Sanfonado e com a exibição do filme O Baile do Menino Deus (Foto: Malu Didier)

O último final de semana do Natal dos Bons Ventos da Fundação Joaquim Nabuco começou com um movimentado sábado no Cinema da Fundação/Museu, no campus Gilberto Freyre. O palco do espaço recebeu, no final da tarde, o projeto Natal Sanfonado, carregando em forma de música a atmosfera e o clima das festividades de final de ano, mas com uma identidade bem nordestina. Idealizado pelo produtor Júlio Leal, o projeto com mais de uma década de estrada aportou no fim de ano da Fundaj e embalou o natal ao som do forró.

O Natal Sanfonado trouxe o pé-de-serra, o xote e o baião em forma de canções natalinas, mas também passando por clássicos do forró por meio da voz de um grande time de cantores convidados. A abertura ficou com Roberto Cruz, trazendo músicas que evocavam um clima de esperança e harmonia para o próximo ano, sendo seguido por Andrezza Formiga, que fez coro ao tom de alegria e paz por meio da música.

Quem também subiu ao palco do Natal Sanfonado foi o veterano do pé-de-serra Rogério Rangel, que passeou por um repertório de clássicos de sua composição e de canções natalinas, muito bem acompanhado pela banda que acompanha o projeto. Já de Serra Talhada veio o cantor e compositor André Macambira, que usou sua marcante voz para entoar mais forrós alegres e repletos de esperança, assim como também fez o Maestro Elson Sales, preenchendo ainda mais a tarde com o espírito nordestino e natalino. A apresentação foi encerrada por Irah Caldeira, uma das mais prestigiadas vozes locais, cantando clássicos como “Deus me Proteja”, de Chico César.

Depois da tarde musical, veio uma noite de cinema, com a pré-estreia exclusiva de “O Baile do Menino Deus'', adaptação cinematográfica do prestigiado espetáculo natalino, que está prestes a completar quatro décadas de existência. O longa, dirigido por Tuca Siqueira, contou com três exibições na noite de sábado. Antes das exibições, o público já se encontrava na entrada do cinema, pronto para embarcar no passeio pela cultura popular e natalina que o espetáculo promove agora também na telona

Na sessão de abertura, esteve presente Antônio Campos, presidente da Fundaj, Mario Helio, diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), assim como Ronaldo Correia de Brito, co-autor do Baile. “Agradeço a hospitalidade desse cinema e dessa casa, de coração, a belíssima recepção preparada pela Fundação Joaquim e, na ocasião, agradeço a Antônio Campos e Mario Helio por franquearem esse espaço”, declarou Correio de Brito, antes da exibição.

Já Mario Helio ressaltou como o nascimento e a trajetória do baile dialoga diretamente com a própria história institucional da Fundaj. “Sabemos que Baile do Menino Deus é já um clássico moderno de teatro e da música brasileira. Esse trabalho que mistura Ceará com Rio Grande do Norte e Pernambuco é a Fundação Joaquim Nabuco, que é uma instituição regional, mas nacional e internacional, da mesma maneira que esse espetáculo é essas três coisas. Ele recria tudo o que somos nós, não apenas em termo de natal, mas de toda cultura popular”, elaborou Helio.

Fundaj

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