sábado, abril 06, 2019

Parte de ponte no Pará desaba sobre rio; bombeiros procuram por vítimas


O Corpo de Bombeiros iniciou por volta das 10h da manhã deste sábado (6) as buscas aos desaparecidos na queda da terceira ponte da Alça Viária, sobre o rio Moju, próximo à entrada do município de Acará, no nordeste do Pará, que fica a cerca de 60 km de Belém. De acordo com o governo, o rompimento ocorreu devido a uma balsa, que transportava rejeitos de dendê, colidir com um dos pilares da ponte, que é a terceira da Alça Viária, no quilômetro 48 da rodovia estadual PA-483. Com a batida, quatro pilares caíram. Dois veículos que passavam na via no momento da colisão caíram, mas o Corpo de Bombeiros não informou qual é o número de desaparecidos.

No local, além do Corpo de Bombeiros, estão homens da Defesa Civil, Polícia Civil e peritos do IML.

O governador do estado, Helder Barbalho, e o Secretário de Segurança Pública do Pará, Ualame Machado, estiveram no local e sobrevoaram a área nas primeiras horas da manhã.


A ponte atingida, com 800 metros de extensão e 23 metros de altura, é a terceira no sentido de saída de Belém. Segundo o governo, ela sofreu avarias por constantes choques de embarcações e estava em reparos há cerca de dois meses.

Órgãos de segurança pública se reuniram na manhã deste sábado (6) em Belém para discutir ações para acelerar o resgate de vítimas do acidente. "É um dia triste, com esse episódio lamentável. Neste momento, a nossa prioridade é agilizar as buscas pelas vítimas e dar total apoio às suas famílias", disse o governador Helder Barbalho.

A Procuradoria Geral do Estado (PGE) vai acionar judicialmente a empresa proprietária da balsa que colidiu com a ponte. Os bombeiros não encontraram os documentos ou certificados da balsa.

Reflexos do acidente

Técnicos da secretarias estaduais também estão reunidos para definir alternativas para garantir a mobilidade de veículos, que utilizam a área da ponte avariada. Sem a ponte, o transporte hidroviária é a única alternativa para chegar a outras regiões do estado.

Segundo a Prefeitura de Belém, o fluxo de veículos que circularia pela ponte migrou para balsas, e toda a área de portos da avenida Bernardo Sayão já começou a sentir os reflexos disso na manhã deste sábado (6). Para diminuir os impactos, a Prefeitura de Belém montou uma força-tarefa envolvendo diversos órgãos, que atuarão na área por tempo indeterminado.

Problemas estruturais

Problemas de corrosão e desgaste em pilares e estacas foram detectados na ponte do Rio Moju durante vistoria técnica realizada no mês de janeiro de 2019 por técnicos da Secretaria de Estado de Transportes (Setran), do Conselho Regional de Engenharia (Crea-PA) e do Corpo de Bombeiros, além de secretários, deputados e o governador.

Apesar disso, na ocasião, não foi detectado risco de desabamento da estrutura. O tráfego de veículos foi mantido no local.

"A princípio, ainda é prematuro falarmos em interrupção no tráfego sobre a ponte. De toda forma, já solicitei que sejam liberados recursos do tesouro para a execução das medidas emergenciais”, explicou o governador", disse o governador Helder Barbalho, na época.

O Governo do Pará divulgou na ocasião a realização de medidas emergenciais na ponte, como a implantação de novas defensas para evitar os choques de embarcações, revestimento em concreto das estacas que estão com as ferragens à mostra, além de revitalização da sinalização da área.

Por G1 PA — Belém

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