segunda-feira, março 28, 2016

Petrolândia: Irmã e amiga que acompanhavam Rosely Rodrigues, vítima fatal de choque elétrico em festa, divulgam esclarecimentos na Web Rádio Petrolândia

Roseane, irmã de Rosely, e a amiga Suely estavam na festa

A integra da entrevista vai ao ar nesta terça-feira (29) no programa Acordando com as Notícias, apresentado por Assis Ramalho de segunda a sábado das 5h30 as 9h00 da manhã, transmitido pela Web Rádio Petrolândia.

Na tarde desta segunda-feira (28), uma irmã e uma amiga da adolescente Rosely Rodrigues da Silva, de 17 anos, vítima fatal de descarga elétrico na madrugada desse domingo (27), durante festa em casa de espetáculos de Petrolândia, concederam entrevista a Assis Ramalho, na Web Rádio PetrolândiaO objetivo das jovens foi esclarecer as circunstâncias em que o fato ocorreu, tendo em vista que, segundo elas, muitas inverdades foram divulgadas em relação ao lamentável episódio. Roseane Rodrigues da Silva, irmã, e a amiga Suely estavam em companhia de Rosely Rodrigues quando ela foi vitimada pela descarga elétrica. Roseane também foi atingida pela eletricidade. De acordo com Roseane, os seguranças da festa foram omissos, já que foram avisados e nada fizeram para socorre-las. Roseane também afirmou que não receberam socorro dos bombeiros, como chegou a ser divulgado.

"A gente estava dentro da festa, era por volta das 2h45 quando saímos para lanchar. Quando estavámos saindo - a Suely sai na frente, seguida de Rosely e eu -, eu dei apenas uns dois passos e quando eu peguei no escorrega mão, eu levei um choque muito forte e caí. Caí estirada e, como a Rosely estava na minha frente, as minhas mãos foram parar no pé dela. Eu fiquei pegando no pé de Rosely que estava segurando nas grades, já de cabeça baixa. Eu estava no chão, em estado de choque, já babando. O choque parou um pouco, mas começou tudo de novo e muito forte. Demorou muito e eu achei que ia morrer, e que tudo ia explodir. Mas o pior é que na nossa frente tinha os seguranças da festa, eles viram tudo e não fizeram nada. Eles achavam que nós estávamos bêbadas, mas a gente estava levando choque. Um dos guardas me pegou, me levantou e também levou um baita choque, caindo pra trás. Aí, chegou um outro rapaz, quando eu já estava quase desacordada e me levou [para o carro]. Quando eu cheguei no carro, a minha irmã Rosely já estava com outro rapaz. Não era nenhum bombeiro e nenhum carro de bombeiro chegou para socorrer a gente. A sorte foi minha amiga [Suely]. Ela botou a mão em mim, levou um choque, botou a mão na outra, também levou um choque. Ela falou que estava dando choque e pediu para que eles [os seguranças] desligassem. A gente foi para o Hospital e quando chegamos lá, a Rosely já estava desacordada, ou seja, ela já estava morta e eu não sabia. No Hospital foi prestado todos os socorros. Médicos, enfermeiros, tudo em cima dela, dando choques, tentando reanimá-la, mas não teve jeito por que ela já chegou morta. Eu fiquei no corredor, passando mal e não conseguia falar nem respirar. Depois a enfermeira chegou e botou oxigênio em mim e foi quando minha família chegou. Eu comecei a chorar, a gritar, e fiquei desesperada. Todos ficaram."

De acordo com Roseane, na hora do incidente a sua irmã não falou nada.

''A Rosely não gritou, não falou nada. Ela não caiu, ela ficou segurada nas ferragens e eu estava deitada no chão, segurada nos pés dela, mas eu também não gritava e nem falava nada. Eu só me chacoalhava e eu estava descendo a rampa."

Suely, amiga das vítimas, diz lembrar de tudo e fez críticas à segurança da festa. Na opinião dela, os seguranças foram omissos na prestação de socorro.

''Eu lembro tudo. Simplesmente eu passei na frente e, quando eu olhei pra trás, Rosa (Roseane) estava no chão e Rosely estava segurada na grade. Eu voltei, peguei em Rosa, chamei ela e perguntei se estava bem e ela respondeu [com um gemido]. Também peguei na Rosely e ela respondeu com o mesmo gesto (hum). Aí eu falei para os seguranças ''c...! isso aqui está dando choque!'' Aí o segurança pegou também na grade e também levou choque. Aí, ele mandou desligar as ferragens. Ele puxou a grade e a Rosely caiu no chão. Ela caiu no chão e ficaram todos eles olhando, e ninguém socorreu. Eu fiquei gritando ''gente, ajuda, ajuda aqui que a menina está desmaiada!'' Todos eles estavam olhando e pensavam que ela estava bêbada, mas não era. Eu fiquei gritando socorro, gritando por um carro, foi que ''Neguinho'' disse  ''tragam elas aqui para o meu carro e vamos levar para o Hospital''. Ele (Neguinho) foi o único que ajudou. Em nenhum momento chegou bombeiros, como publicaram''.

De acordo com Suely, depois do incidente ninguém acionou o Corpo de Bombeiros, sendo preciso ela ir de mototáxi avisar a coorporação [Núcleo Avançado do Corpo de Bombeiros, situado na avenida da Orla de Petrolândia].

''Os Bombeiros ficaram sabendo porque eu peguei um mototáxi e fui até eles, porque disseram que a festa só parava se acionassem os Bombeiros. Quando os Bombeiros vieram chegar, já era quase 5 horas da manhã''.

Ainda de acordo com Suely, a festa não parou após a morte da amiga

''Eu ainda voltei na festa pra avisar ''gente, para essa festa que a minha amiga morreu lá nas ferragens, lá fora'', e não pararam. Só pararam depois que os Bombeiros foram lá e chegou três carros de polícia''.

De acordo com Roseane, o sonho da irmã era ser médica

"Essa morte  destruiu a Rosely e destruiu um sonho, porque ele era uma menina nova e muito estudiosa [aluna da Escola Delmiro Gouveia]. Ela tinha um sonho, sempre disse que ia para a faculdade e que iria ser uma boa médica. O sonho dela era a medicina, mas não foi possível."

A entrevista completa vai ao ar, na íntegra, nesta terça-feira (29) no programa Acordando com as Notícias, apresentado por Assis Ramalho de segunda a sábado das 5h30 as 9h00 da manhã, transmitido pela Web Rádio Petrolândia.

Redação do Blog de Assis Ramalho
Com informações da Web Rádio Petrolândia

2 comentários:

  1. Triste...senhor conforte o coração de TDs da familia

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  2. Lamentavel e muito triste... meus sentimentos a familia.

    que esse fato tome de lição para as autoridades serem mais rigorosos no ato de liberarem um local de evento.

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