quinta-feira, novembro 10, 2016

CBHSF avalia em R$31 bilhões investimentos na bacia

Divulgação/CBHSF

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) estima uma valor de aproximadamente R$ 31 bilhões para a implementação de todas as ações previstas no seu Plano de Bacia. Aprovado em setembro pela entidade, o documento foi apresentado, nesta quarta-feira (09.11), em Aracaju (SE), durante o XIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste, que reúne até sexta-feira (11.11) especialistas de todo o País para debater questões relacionados a uma melhor gestão da água.

Segundo o órgão, boa parte desses recursos será investido, ao longo de dez anos, na execução de obras prioritárias de saneamento, esgotamento sanitário e na recuperação de áreas degradadas. “A parte mais fácil já foi feita. Agora vem a mais difícil: o desafio de implantar este Plano”, disse Alberto Simon, diretor técnico da AGB Peixe Vivo, agência delegatária do CBHSF.

Cerca de 98% do valor devem ser angariados por meio de fundos externos, restando ao Comitê investimentos da ordem de R$ 532,5 milhões. “Uma grande chave para o sucesso do Plano é a convergência política. Ou seja, a vontade de fazer. É por isso que queremos estimular a leitura de todos”, defendeu Simon, que foi um dos coordenadores do trabalho.

O vice-presidente do CBHSF, Maciel Oliveira, lembrou que o estudo servirá também para embasar o novo Programa de Revitalização do Velho Chico, anunciado em agosto pelo governo federal. “Não é um plano do comitê, mas de todos que precisam planejar a bacia, sejam os municípios, estados, governo federal e até mesmo a iniciativa privada. Queremos parceiros”, destacou.

A urgente necessidade de efetivação do Plano se dá no momento em que a bacia vive um dos piores anos de seca. Para agravar o cenário, o documento indica um panorama de retirada de água até 2025 que pode chegar a 725m3/s frente a uma reserva explorável na bacia de apenas 365,5m3/s. “Se não mudarmos os modos de utilização da água, teremos sérios problemas a médio e longo prazos”, acrescentou Simon. O setor da agricultura é o que mais consome, com a retenção de 79% desta parcela.

CBHSF Assessoria de Imprensa

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