Nesta sexta-feira (1º), a partir das 14h, mais um município pernambucano começa a discutir as ações do projeto do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Pernambuco contra o Crack. Desta vez, será realizada uma reunião em Nazaré da Mata (Zona da Mata Norte) para discutir a problemática das drogas e traçar ações de combate ao tráfico e consumo. O idealizador do projeto, o promotor de Justiça Carlos Eduardo Seabra, e a promotora de Justiça da localidade, Maria José Mendonça de Holanda, estarão reunidos com representantes do município, sociedade civil, professores e polícias Civil e Militar.
Nazaré da Mata é o terceiro município da região a discutir as ações do Pernambuco contra o Crack. O MPPE esteve em Paudalho e Condado nas últimas duas semanas. Outros encontros também estão previstos para Carpina e São Loureço da Mata. “Para fechar o ciclo da região só fica faltando o município de Surubim, que estamos em negociação para começarmos a discutir o problema e assim encontrarmos o caminho da prevenção e do combate às drogas”, explica Seabra.
Para a promotora Maria José Mendonça, a efervescência cultural da cidade pode ser um caminho a mais para afastar a juventude das drogas. “Essa reunião é o primeiro passo que a gente vai dar. Vamos reunir principalmente os professores porque são eles que lidam diretamente com os adolescentes. Queremos implantar o projeto de acordo com as peculiaridades da cidade e como Nazaré possui uma diversidade cultural muito rica, nós iremos usar isso e acredito que será muito bom para os jovens.”
O projeto Pernambuco contra o Crack nasceu em Arcoverde, no Sertão do Estado, e um ano após sua implantação conseguiu reduzir em 86% o número de atos infracionais envolvendo adolescentes. Além disso, o projeto conseguiu diminuir o consumo e o tráfico de drogas na região. A iniciativa expandiu-se para outras cidades, mobilizando a população desses locais, até ser ampliada pelo MPPE para atingir todo o Estado.
A ideia do programa é combater, não só o crack, mas o uso de todas as drogas, sob várias frentes: na educação dos jovens, para que não experimentem o crack; na saúde, para o tratamento dos dependentes químicos; e na segurança pública, por meio do combate ao tráfico e à violência que acompanha o seu uso.
Com a iniciativa, o MPPE convida a todos que podem colaborar contra as drogas: família, escolas, poder público e organizações governamentais e não-governamentais. “Todo apoio é importante para vencer a guerra contra as drogas, e em especial, contra o crack”, afirma Carlos Eduardo.
Para conhecer as diretrizes do projeto Pernambuco contra o Crack, no site do MPPE, clique no atalho abaixo.