29 setembro 2025

Berta Loran, atriz consagrada em programas de humor, morre no Rio de Janeiro

Berta Loran na Escolinha do Professor Raimundo — Foto: TV GLOBO / CEDOC

Artista estava internada em um hospital particular de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ela tinha uma carreira de mais de 70 anos no teatro, cinema e na TV.

Por g1 Rio

A atriz Berta Loran morreu na noite deste domingo (28) em um hospital particular em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Nascida em Varsóvia, na Polônia, Berta veio para o Brasil com 9 anos e se consagrou em programas de humor na TV Globo. A intérprete tinha 99 anos e uma carreira de mais de 70 anos.

A atriz entrou para a TV Globo em 1966 e participou dos principais programas humorísticos da emissora: Riso Sinal Aberto (1966), Balança Mas Não Cai (1968), Faça Humor, Não Faça Guerra (1970), Satiricom (1973), Planeta dos Homens (1976), Escolinha do Professor Raimundo (1990), Zorra Total (1999) e A Grande Família (2012).

Berta Loran como Frosina na novela 'Amor com amor se paga', ao lado do ator Ary Fontoura — Foto: Acervo TV Globo

Berta também esteve em novelas, como Amor com Amor se Paga (1984), Cambalacho (1986), Cama de Gato (2010), a segunda versão de Ti-Ti-Ti (2011), Cordel Encantado (2011) e A Dona do Pedaço (2019).

Loran também se destacou no cinema e no teatro.

A atriz considerava que a habilidade de atuar com humor era um dom especial dos intérpretes.

“Você pode perder apartamento, joia, dinheiro, e até um grande amor – 30 anos depois, quando você o reencontra, dará graças a Deus que o perdeu. Agora, o humor não pode ser perdido. Humor é tudo na vida”, disse Berta Loran em entrevista ao Memória Globo.

Berta Loran e Rogério Cardoso atuaram no programa 'Balança mas não cai' — Foto: Acervo TV Globo

O dom da atuação veio da família. Batizada como Basza Ajs, ela nasceu em Varsóvia no dia 23 de março de 1926 e adotou o nome de Berta quando chegou ao Brasil.

O pai era alfaiate e ator, acostumado a se apresentar para a comunidade judaica no Brasil. Berta frequentava os espetáculos desde pequena e, aos 14 anos, atuou nos palcos pela primeira vez.

“Eu sempre fui trapalhona, traquina, sapeca, danada. Com 14 anos, botei o salto alto da minha mãe e subi no palco. Quebrei o salto e saí mancando. O povo começou a rir. E eu gostei! Pensei comigo: ‘o bom é fazer rir’”, contou Berta.

Por g1 Rio

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