segunda-feira, novembro 26, 2012

Como estarão as prefeituras em 2013





A safra de prefeitos que saiu das urnas agora em outubro terá pela frente um horizonte não muito bom em termos de arrecadação. A situação da maioria dos municípios é de verdadeira calamidade porque no curso deste ano a receita diminuiu. A União reduziu o IPI da indústria automobilística e dos produtos da “linha branca” (geladeiras, fogões, máquinas de lavar, etc.), com graves reflexos no Fundo de Participação dos Estados e Municípios, formado pelo IPI e o Imposto de Renda.
Além disso, os atuais prefeitos foram obrigados a pagar a conta de dois reajustes decididos pelo governo federal: o do salário mínimo e o do piso salarial dos professores. A União decide em Brasília qual será o percentual desses reajustes e manda a conta para os municípios pagarem. Isso levou algumas prefeituras à falência, deixando outras sem nenhuma reserva de caixa para investir em obras de infraestrutura. É esse o quadro nebuloso que os prefeitos eleitos irão herdar a partir de janeiro.
Os que souberem fazer conta, provavelmente sobreviverão. Irão promover corte de gastos, envolvendo aluguel de veículos, servidores terceirizados, etc. Esses terão chance de preservar a popularidade intacta, ainda que não realizem grandes investimentos nos primeiros seis meses de gestão. Já os que não sabem Matemática, deverão sofrer um pouco mais. Vão entupir a máquina com afilhados políticos, correndo o risco de, seis meses depois, não terem a mínima condição de andar nas ruas.

Do Blog de Inaldo Sampaio

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