quinta-feira, agosto 14, 2014

Nota de pesar de Rodrigo Novaes


O que dizer das coisas de Deus? Eduardo foi escritor de seu destino sempre que lhe foi possível. Determinado, ousado, corajoso, perseguiu seus sonhos mesmo quando muitos lhe aconselhavam conter-se. Fez cair por terra lições que persistiam na política. Acrescentou sentimento, intuição. Possuía um talento incrível de se comunicar. Falava com o mais rico e preparado sujeito, ou com o mais humilde cidadão, e levava sua mensagem e ouvia com a mesma atenção. Gostava de contar causos. Ria fácil. Sabia ser amigo. Solidário. Nas horas mais difíceis estava de lado, estendendo as mãos. Homem de atitude firme. Grande governador. O melhor. Um grande amigo. Tive a oportunidade de desejar-lhe, no ultimo sábado, em Bodocó, feliz aniversario. Completaria no dia seguinte, domingo, 49 anos de vida. Quando subi à caminhonete para a carreata, perguntou-me como estava a campanha, e me deu um abraço diante da resposta de que as coisas estavam andando bem. Antes de discursar, em cima do palanque, demonstrou grande confiança na vitória. Na dele e na de Paulo. Mais uma vez fez um grande discurso. Um exemplo para essa nova geração. Seria o grande protagonista da política nacional nos próximos anos. Competente, sério. Não foram poucos os que lhe aconselharam disputar eleição para senador. Mas ele era obstinado. Queria levar sua forma de fazer política a todo o país. Deus o tirou no mesmo dia de seu avô. Logo ele que conseguia surpreender o destino; que refazia caminhos. Foi cedo demais. Cheio de sonhos, de idéias. Reflito nesse instante a forma como vivemos, as amizades que cultivamos. Não somos donos do tempo. Em Deus devemos encontrar conforto e compreensão. Talvez nos seja mostrado o sentido das coisas, que hoje parece tão confuso. Deus conforte sua família. A Renata e a todos os filhos. Pernambuco chora. Perde o Brasil. Vai com Deus, amigo.

Rodrigo Novaes

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