quinta-feira, novembro 17, 2016

Barragem de Sobradinho chega a 6% da capacidade e Chesf reduz a vazão

Vazão da barragem de sobradinho será reduzida a partir da próxima segunda (21) (Foto: Reprodução/TV São Francisco)

A Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) vai reduzir a partir de segunda-feira (21), a vazão de água da barragem de Sobradinho, que fica no estado da Bahia. O anúncio oficial foi feito pela superintendência da companhia nesta quarta-feira (16) durante uma reunião realizada no município ribeirinho de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. A medida foi tomada em decorrência da diminuição do nível do reservatório, que chegou a 6% da sua capacidade total.

De acordo com o diretor de operações da Chesf, João Henrique Franklin, a autorização foi para reduzir de 800 m3/s para 700 m3/s, mas inicialmente será atingido o patamar de 750 m3/s e o processo será feito de forma gradativa. "Nós estamos em uma situação de baixa vazão do Rio São Francisco e fomos autorizados pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Ibama a fazer uma nova redução. A vazão de saída está em 800 m3/s e por medida de segurança hídrica estamos autorizados para uma nova redução para 700 m3/s. Na segunda-feira (21) vamos para o patamar de 750 m3/s e faremos um monitoramento da situação. A depender desse monitoramento praticaremos o 700 m3/s”, explica.

Segundo a Chesf, desde o ano de 2013, a situação está crítica do ponto de vista de chuvas na bacia do Rio São Francisco, o que fez com que a redução acontecesse de forma gradativa. Em 2013, a vazão era de 1000 m3/s. Em 2015, a barragem de Sobradinho chegou a 1% do volume útil. Atualmente a barragem encontra-se em um nível de 6%, mas esse nível está caindo, devido a vazão que é na faixa de 500 m3/s com uma saída de 800 m3/s.

A redução afeta diretamente os agricultores dos projetos irrigados do Vale São Francisco e ribeirinhos. “Evidente que isso implica em uma necessidade de adaptação de todos os usuários. O próprio setor elétrico tem que ser adaptado gerando energia de outras fontes alternativas, a exemplo das eólicas, térmicas e transferindo a energia para região Sudeste e da região Norte para o Nordeste. Os agricultores têm que fazer aquelas adequações que significam fazer uma dragagem, aproximar mais a canalização até o trecho do rio”, esclarece o diretor de operações da Chesf.

Juliane Peixinho
Do G1 Petrolina

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