segunda-feira, outubro 24, 2016

Incra no Médio São Francisco discute irrigação no assentamento Mandacaru, em Petrolina


Uma equipe do Incra do Médio São Francisco esteve reunida, na manhã da última terça-feira (18), com os moradores do Assentamento Mandacaru, na Zona Rural de Petrolina, para tratar do projeto do irrigação a ser submetido a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para garantir o fornecimento de água e irrigar 63 hectares, uma média de 0,8 hectare por família. Na reunião discutiu-se o projeto pedológico da área e a metragem irrigada por beneficiário necessária para finalizar o processo e iniciar a liberação da água.

A equipe foi composta pela procuradora chefe, Ivanise Pereita Lima, os chefes da Obtenção de Terras e Desenvolvimento de Assentamentos, Douglas Coelho e Severino Gonçalo, que apresentaram em linhas gerais a situação do processo que tramita desde 2008 na Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal – CCAF, e que busca o reconhecimento dos assentados como irrigantes pela Codevasf.

Para a presidenta do Assentamento, Ozaneide Gomes, com a área irrigada as famílias vão aumentar sua produtividade e renda: “ com uma área irrigada poderemos ampliar a nossa produção de agroecológica e implementar a nossa renda, já que o nosso assentamento já é referência na região em comercialização de alimentos saudáveis”.

Histórico

O assentamento foi criado em abril de 1999 em uma área de 481 hectares e capacidade de beneficiamento de 70 famílias de trabalhadores rurais sem terra, após a implantação da associação, em 2003, algumas mulheres iniciaram a produção de artesanato. Mesmo com o início do projeto de irrigação iniciado em 2002, apenas a partir de 2009 foram iniciados os trabalhos junto aos programas governamentais, como Chapéu de Palha, Programa de Aquisição de Alimento e o Programa Nacional de Alimentação escolar (Pnae).

Com o objetivo de potencializar e estimular alternativas econômicas integradas às atividades rurais produtivas, que contribuem para construção de um modelo de inclusão social com desenvolvimento sustentável, a Associação passou a beneficiar - através de doces, polpas, geleias e cocadas - as frutas produzidas no assentamento. “No inicio usávamos apenas as frutas excedentes, aquelas que os produtores não conseguiam vender, mas com o aumento da produção e a nossa entrada no Programa de Aquisição de Alimento (PAA) passamos a absorver não só toda a produção aqui da comunidade como também dos pequenos produtores circunvizinhos” informa Ozaneide.

Ela acrescenta ainda que, embora já exista uma produção, é necessário implementá-la visando atender ao mercado local. Para isso a associação apresentou um projeto ao Incra para acessar os investimentos do Programa Terra Sol. A intenção é implantar uma agroindústria que atenda a demanda produtiva do assentamento. “Como também iremos beneficiar a uva em vinho, suco e geleia precisamos de um espaço melhor que nos atenda”, defende.

Assessoria de Comunicação Social do Incra/Médio São Francisco

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