Secretário-executivo do Ministério da Previdência, Adroaldo Portal, teve prisão domiciliar decretada e foi afastado do cargo. A PF também prendeu Romeu Carvalho Antunes, filho do 'Careca do INSS'.
Por Fábio Amato, Isabela Camargo, Afonso Ferreira, Márcio Falcão, TV Globo — Brasília
A TV Globo apurou que um dos alvos de mandados de buscas é o senador Weverton Rocha (PDT-MA). O secretário-executivo do Ministério da Previdência, Adroaldo Portal, foi afastado do cargo e teve prisão domiciliar decretada.
A PF também prendeu Romeu Carvalho Antunes, filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS" e preso pelo mesmo esquema desde setembro, e Eric Fidélis, filho do ex-diretor de Benefícios do órgão, André Fidelis (veja quem são os alvos mais abaixo).
🔎Em abril, investigações da PF revelaram um esquema criminoso para realizar descontos irregulares de valores recebidos por aposentados e pensionistas do INSS, ocorridos no período de 2019 a 2024. Os desvios, conforme as investigações, podem chegar a R$ 6,3 bilhões.
A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e ocorre nos estados de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão, além do Distrito Federal.
Quem são os alvos?
* Senador Weverton (PDT-MA), foi alvo de mandados de busca e apreensão;
* Secretário-executivo do Ministério da Previdência,
* Adroaldo Portal, foi afastado do cargo e teve prisão domiciliar decretada (número 2 da Previdência é ex-chefe de gabinete do senador Weverton).
* Romeu Carvalho Antunes, filho do "Careca do INSS", foi preso;
Éric Fidelis, filho do ex-diretor de Benefícios do INSS, André Fidelis, foi preso.
O número de prisões ainda está em atualização.
O caso foi revelado em 23 de abril, após a primeira fase da operação da Polícia Federal. De acordo com as investigações, os suspeitos cobravam mensalidades irregulares, descontadas dos benefícios de aposentados e pensionistas, sem a autorização deles.
Segundo o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, informou à época, as associações envolvidas no esquema diziam prestar serviços como assistência jurídica para aposentados e ofereciam descontos em mensalidades de academias e planos de saúde, por exemplo, mas não tinham estrutura.
Ao todo, 11 entidades foram alvos de medidas judiciais. Os contratos de aposentados e pensionistas com essas entidades foram suspensos, segundo o ministro da CGU.
O ex-ministro da Previdência Carlos Lupi (PDT) pediu demissão após sua gestão entrar em crise por conta da investigação. Ele foi substituído pelo então secretário-executivo do órgão, Wolney Queiroz, atual titular da pasta.
Governo está devolvendo valores descontados
Em julho, o governo anunciou a devolução do dinheiro descontado a aposentados e pensionistas que tiveram desconto associativo não autorizado. O repasse está sendo feito em parcela única e sem lista de prioridades.
O governo prorrogou o prazo para contestar descontos indevidos. Os cidadãos que foram prejudicados pelo esquema terão até 14 de fevereiro de 2026 para pedir o dinheiro de volta.














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