segunda-feira, dezembro 02, 2019

Petrolândia: Nota de falecimento de Maria José de Souza (Dona Dedé), da Agrovila 01 Bloco 01



É com grande pesar que noticiamos o falecimento da sra. Maria José de Souza, conhecida como Dona Dedé, moradora da Agrovila 01 do Bloco 01, na zona rural de Petrolândia. Ela faleceu aos 81 anos, no Hospital Municipal Dr. Francisco Simões de Lima, nesta segunda-feira (02/12/2019), vítima de complicações do diabetes.

O sepultamento vai ocorrer nesta terça-feira, 03 de dezembro, às 10h, no Cemitério São Francisco, nesta cidade.

Petrolândia perde hoje uma das mais batalhadoras e politizadas mulheres. Filha de seu Braz Coriolano e de dona Enedina, residiu na velha cidade de Petrolândia no sítio Mato Grosso, entre Barreiras e Santa Helena. Com um filho, José Antonio, ainda pequeno, e grávida de sua filha Saúde, ficou viúva, quando seu marido tentou evitar uma briga e foi fatalmente ferido. Não se casou novamente. Na casa dos pais, criou os filhos.

Indígena e negra, pobre, com pouco estudo (não concluiu o fundamental), dona Dedé foi costureira, bordadeira, empregada doméstica, trabalhadora rural. Conheceu o movimento sindical e foi um dos primeiros membros do Partido dos Trabalhadores-PT, em Petrolândia. Participou ativamente de todos os movimentos sindicais na instalação da Usina Hidrelétrica de Itaparica.

Extremamente ligada à família, era guardiã da memória fotográfica dos parentes. Deixa numerosa descendência.

Profundamente religiosa, enquanto teve saúde, deu continuidade à Via Sacra ao Cruzeiro da Agrovila 01, iniciada pelos seus pais.

Politicamente atuante, foi a candidata a vereadora de Petrolândia em 2016, aos 78 anos.

A família perde um membro. O movimento sindical de Petrolândia perde uma referência feminina. O  município perdeu um exemplo de mulher engajada, até o fim da vida, na causa política.

Descanse em paz, tia Dedé!

À família, do qual a sobrinha Lúcia Xavier, deste Blog, faz parte, nossos pêsames.

Redação do Blog de Assis Ramalho

Um comentário:

  1. Mulher guerreira é aquela que dia a dia trava batalhas silenciosas, invisíveis, simples e complexas. Que abala tudo quando pisa o chão, que acalma com seu colo, que amolece com sua ternura e vence com sua paciência.
    Parabéns Dona Dedé, vai com Deus, tua memória e teu exemplo permanecerão com a gente.

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