quarta-feira, junho 06, 2018

CAIXA Cultural Recife promove exposição gratuita sobre Movimento Armorial

A mostra reúne trabalhos de Gilvan Samico, Romero de Andrade, Gustavo Moura e do grupo Circo Branco refletindo sobre o Movimento Armorial (Foto: Divulgação)

A CAIXA Cultural Recife realiza, de 8 de junho a 5 de agosto de 2018, a exposição Armorial: da Pedra do Reino ao Ponteio Acutilado. Através de pinturas, xilogravuras e fotografias, o visitante fará uma viagem ao mundo armorial, concebido pelo mestre Ariano Suassuna. Para introduzir os visitantes nesse universo, que busca o erudito através da cultura popular nordestina, a mostra reunirá cinco seguidores do movimento no país em diferentes linguagens: o mestre xilogravador Gilvan Samico, o multiartista Romero de Andrade e Lima, o pintor Sérgio Lucena, o fotógrafo Gustavo Moura e o grupo teatral Circo Branco. A entrada para exposição é gratuita.

Produzida com a proposta de contribuir para o conhecimento, o estudo e o aprofundamento das discussões sobre arte e brasilidade promovidas no país, a exposição toma como marco referencial a multidisciplinaridade do movimento Armorial. A curadoria da mostra é de Claudinei Roberto da Silva, professor de artes no SESC/SP e na Pinacoteca do Estado de São Paulo e curador de inúmeras exposições (Museu Afro-Brasil. Pinacoteca, Caixa Cultural, SESC/SP, MON). A Coordenação Geral é de Rodrigo Silva, que há dez anos coordena projetos para instituições como SESC, CCBB, Museu Oscar Niemeyer e para a Caixa Cultural. Entre eles, Memória da Cidade (SP, RJ, PR), Marcas da Alma (RJ, BA, PE), Audácia concreta: colagens de Luis Sacilotto (SP), De quadro a quadro (DF, SP, BA), Os anos JK, entre outros.

“Mais do que um debate exclusivamente estético/artístico, a exposição tem como proposta a reflexão a respeito de nossa identidade e projeção de povo e país”, explica Rodrigo. Para isso, traz como um dos principais atrativos a pluralidade das linguagens expostas. De Samico, um dos maiores representantes do Armorial, vem dexilogravuras – algumas inclusive foram expostas na Bienal de São Paulo de 2016 – que se baseiam em lendas e mitos reinventando a arte popular de seu local de nascimento. Algumas das obras são da década de 80, enquanto outras contemplam seu período final de produção. Já Romero de Andrade Lima, sobrinho do escritor Ariano Suassuna e grande herdeiro das reflexões do tio, é conhecido por sua capacidade de manifestação em multiplataformas. Na exposição, estarão cinco esculturas, sendo uma delas a leitura de Ariano pelo artista e as outras de personagens como Chicó e João Grilo, além de nossa Senhora Aparecida e Jesus Cristo. Dele, também estarão iluminogravuras de grande escala, feitas à bico de pena sobre papel, trazendo a realidade nordestina.

Já do Circo Branco, grupo paulista mambembe dirigido por Andrade e Lima, estará um DVD e uma série de fotos das apresentações mostrando espetáculos que mesclam cultura popular através de várias formas de arte e geralmente em espaços alternativos. Haverá, ainda, quatro fotos de Gustavo Moura, fotógrafo que acompanhou Ariano ao longo de muitos anos. Serão três imagens do mestre e uma de um vaqueiro, que completa a sequência. E para fechar, Sérgio Lucena traz para mostra sua série Deuses, composta por dez quadros com uma série de animais quiméricos, organizados com partes de várias espécies, mas integrados num só corpo; e outras duas obras que registram paisagens terrenas e cósmicas.

Juntos, os artistas abrem o diálogo que, sobretudo, afirma a permanência dos valores artísticos e culturais buscados pelo movimento e espelhados nessas proposições poéticas. Desta forma, a mostra pretende estimular a compreensão e difusão da obra desses artistas, aumentando seu acesso ao público, além de contribuir para o debate crítico sobre a atualidade das questões postas por este movimento histórico.

Incentivo à cultura:

A CAIXA investiu mais de R$ 385 milhões em cultura nos últimos cinco anos. Em 2018, nas unidades da CAIXA Cultural em Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, está prevista a realização de 244 projetos de Artes Visuais, Cinema, Dança, Música, Teatro e Vivências.

A CAIXA Cultural Recife oferece, desde 2012, uma programação diversificada, com opções gratuitas ou a preços populares, estimulando a inclusão e a cidadania. O espaço, situado em um prédio histórico na Praça do Marco Zero, conta com duas galerias, teatro, sala multimídia, salas de oficinas e tem 40 projetos previstos na programação de 2018.

Serviço:
[Artes Visuais] Armorial: da Pedra do Reino ao Ponteio Acutilado
Local: CAIXA Cultural Recife – Av. Alfredo Lisboa, 505, Praça do Marco Zero, Bairro do Recife
Abertura: 7 de junho de 2018 (quinta-feira), às 19h
Visitação: 8 de junho a 5 de agosto de 2018 (terça a domingo)
Horários: Terça-feira a sábados, das 10h às 20h; domingos, das 10h às 17
Entrada franca
Classificação indicativa: livre para todos os públicos
Acesso para pessoas com deficiência
Informações: (81) 3425-1915
Patrocínio: Caixa Econômica Federal e Governo Federal

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