Por Carlos Henrique Dias, TV Globo e g1 SP — São Paulo
Rafael Anjos Martins, de 28 anos, que ficou 52 dias em coma após ingerir gin adulterado comprado em uma adega na Cidade Dutra, Zona Sul de São Paulo, morreu nesta quinta-feira (23).
Desde o dia 1º de setembro, quando foi diagnosticada a intoxicação por metanol, ele ficou dependente de ventilação mecânica e não apresentou fluxo sanguíneo cerebral. Rafael ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de Osasco, na Grande São Paulo.
O laudo médico de Rafael constatou que seu corpo tinha 155 mg/l de metanol. Médicos consultados pelo g1 afirmam que, com valores acima de 100 mg/l, é grande a chance de entrar em coma profundo, ter lesão cerebral extensa e morte.
🔍 O metanol é um álcool usado industrialmente em solventes e outros produtos químicos. É altamente perigoso quando ingerido. Inicialmente, ataca o fígado, que o transforma em substâncias tóxicas que comprometem a medula, o cérebro e o nervo óptico, podendo causar cegueira, coma e até morte. Também pode provocar insuficiências pulmonar e renal.
Um inquérito policial foi aberto para investigar o caso. Na adega da Zona Sul, foram apreendidas as duas garrafas consumidas e outras 14 lacradas, que foram encaminhadas à perícia.
Até agora, o governo de São Paulo confirmou sete mortes por intoxicação por metanol. A morte de Rafael ainda não foi contabilizada.
Amigo de Rafael, o auxiliar de produção Diogo Marques de Sousa contou ao Fantástico que eles compraram as bebidas em uma adega próxima à casa dele e não desconfiaram de irregularidades.
“Eu acordei desesperado porque abri o olho e não estava enxergando nada, tudo preto e uma dor de cabeça muito forte”, relatou Diogo.
Por Carlos Henrique Dias, TV Globo e g1 SP — São Paulo














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