quarta-feira, junho 24, 2020

Petrolândia: 'Educação em tempo de pandemia' Por: Fernando Batista



Uma educação em tempos de pandemia, oque é, ou melhor o que pode ser? Antes, é preciso entender que estamos no improviso. Não gostamos muito porque preferimos uma educação conduzida por um pendão. Verdade, é que o improviso nos faz viver o aberto.

Para falar de educação em tempos de distanciamento, é preciso aceitar que o futuro chegou de supetão. Ele encontrou a todos (alunos, professores, pais) despreparados, precários. Nenhum de nós sabe como lidar com esta situação. Sentimo-nos todos numa vulnerabilidade latente.

A pandemia nos descobriu, colocou diante de nós o desassossego. Contudo, não podemos olhar para esse momento sui generis apenas como um parêntesis e que depois vamos viver tudo o que vivíamos. Esse é o que chamamos de “novo normal”. Ele não traz respostas. De fato, é tempo de perguntas, de ajustar-se à realidade.

É tempo de encontrar novas linguagens, de reinventar-se. Este tempo quer ser laboratório. Nele temos que conciliar a vida pessoal e o trabalho no mesmo ambiente físico, a casa, que se tornou da noite para o dia, sala de aula para os alunos.

Mas é muito importante saber e fazer saber qual a função de cada agente nesse processo. O professor e filósofo Mário Sérgio Cortella há muito já propaga: “o papel da escola é o da aprendizagem, a educação é papel dos pais.


Em um outro artigo (a escola e o colo) já falei que temos genitores de mais e pais de menos. Gerar crianças é fácil e tem sido facilitado no mundo. Educar e entender conscientemente o que é uma família é o grande desafio.

O cenário pós – crise, de certo, mudará velozmente a relação aluno/professor. Entramos numa nova época da história. A pandemia vai passar, mas nós já estaremos em uma outra época. Culturalmente noutra época. Civilizacionalmente noutra época. Educacionalmente noutra época.

Por: Fernando Batista

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