quinta-feira, dezembro 19, 2013

Vereador de Caruaru ameaça abrir "caixa-preta" e dez suplentes devem tomar posse nesta quinta-feira

Câmara ficou vazia após operação policial. 
Dez novos vereadores tomarão posse nesta quinta-feira

O esquema de corrupção na Câmara de Caruaru pode se estender a outros poderes do município. Pelo menos esta é acusação do vereador Jailton Soares de Oliveira, o Jajá (PPS). Antes de ser encaminhado à Penitenciária Juiz Plácido de Souza, ele conversou com a imprensa, na porta do Instituto Médico Legal (IML), onde realizou exame de corpo de delito, e fez acusações contra o atual secretário de Relações Institucionais de Caruaru, Marco Casé (PTB). O pós-comunista disse que o dirigente da pasta seria responsável pelo escândalo e, em tom de ameaça, prometeu abrir a “caixa-preta” do Poder Executivo da Capital do Agreste. Jajá chegou a declarar que os vereadores teriam recebido uma propina de R$ 500 mil.

“É tudo ameaça. O secretário Marco Casé já vinha articulando tudo, esse jogo sujo e imoral. Eu tinha que dizer que queria aceitar a propina que ele vinha oferendo para articular contra ele, mas, infelizmente, ele agiu de má-fé e foi rápido demais”, declarou à Rádio Cultura de Caruaru, referindo-se aos mandados de prisão preventiva expedido para os vereadores. “A casa caiu para o senhor prefeito (José Queiroz, do PDT) e para Marco Casé. Não me pegou de surpresa porque eu já sabia. As acusações são infundadas”, completou.

“O senhor Marcos Casé vinha articulando e subornando os vereadores na Câmara. O senhor secretário vem tentando subornar desde três meses atrás para o BRT (Transporte Rápido por Ônibus), oferecendo R$ 500 mil a certos vereadores”, acusou. As declarações reforçam as suspeitas de que as investigações estão focadas num suposto esquema de compra de votos na Câmara Municipal. As votações sobre a concessão do transporte público e do BRT teriam sido o estopim da Operação Ponto Final.

O curioso é que o vereador já foi preso este ano por suspeita de receptação de veículos roubados. Ele foi solto após ficar nove dias preso na mesma penitenciária. À época, Jajá disse estar sendo vítima de perseguição política.

Fonte: Diário de Pernambuco

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