domingo, novembro 15, 2015

Metade da população não usa camisinha durante as relações sexuais

O programa Saúde com Ciência é apresentado pela Web Rádio Petrolândia de segunda a sexta-feira, às 9h00, após o programa Acordando com as Notícias, com reprise do programa completo no sábado, também depois do programa Acordando com as Notícias.  
O programa desta semana (16 a 20 de novembro) discute as principais doenças sexualmente transmissíveis e a importância do uso do preservativo. 

Apesar de prevenir uma gravidez indesejada e doenças como a Aids, herpes e gonorreia, o preservativo ainda é ignorado por metade dos brasileiros. Pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde (MS) em 2013 mostrou que 45% da população sexualmente ativa do país não usou camisinha em relações casuais naquele ano. Outro levantamento, feito por uma empresa especializada em pesquisa de mercado, que entrevistou mais de 2 mil pessoas de todas as regiões do país, indicou que cerca de 52% dos brasileiros nunca ou raramente usam preservativos.

O curioso é que, segundo o MS, mais de 95% da população sabe que a camisinha é o método mais eficaz para prevenir o vírus HIV. Além da Aids, ela evita outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), termo que substitui DSTs, uma vez que o indivíduo pode apresentar determinado vírus ou bactéria e não ter necessariamente uma doença. Dentre as mais comuns estão a clamídia, gonorreia, sífilis, herpes genital, HPV e HIV/Aids. A redefinição do termo é dada pelo médico infectologista e professor da Faculdade de Medicina da UFMG, Unaí Tupinambás.

“Eu oriento a nossa população, especialmente os jovens, a ter uma vida sexual saudável e prazerosa, e sem receios usando o preservativo. Porque ele evita todos esses problemas”, afirma o professor, que destaca a atenção aos jovens pelo uso negligente, inadequado ou mesmo pela falta de uso. Tupinambás ainda lembra que, apesar das possibilidades atuais de tratamento, algumas das ISTs não podem ser eliminadas por completo do organismo, exigindo um tratamento prolongado.

ISTs e candidíase

A clamídia, considerada a IST mais comum, e a gonorreia causam uretrite – inflamação no canal urinário que gera dor e secreção –, principalmente nos homens. Por serem muitas vezes assintomáticas nas mulheres, as infecções bacterianas podem causar infertilidade, por isso a importância do diagnóstico precoce. Já a sífilis, quando não detectada e tratada precocemente, pode evoluir para um quadro de demência, dentre outros. No caso do herpes genital, o vírus tende a permanecer no organismo e levar a quadros recidivos, manifestando-se quando há uma baixa no sistema imunológico e causando feridas dolorosas na região.

Por também ser transmitida pelo ato sexual sem proteção, a candidíase é erroneamente classificada como uma IST. “A cândida pertence à microbiota natural dos indivíduos, ou seja, ela vive nas pessoas de forma saudável, mas quando fica em grande quantidade causa a doença”, explica a professora da Faculdade de Medicina, Helene Duani. O aumento da cândida no organismo é favorecido pela baixa imunidade, que tem como fatores de risco diabetes, obesidade e uso de roupas apertadas no calor. “Através da relação sexual, se a mulher estiver com candidíase vaginal e o homem tiver suscetível, pode acontecer de ele se infectar”, completa a médica infectologista.

Sobre o programa de rádio

O Saúde com Ciência apresenta a série “Doenças Sexualmente Transmissíveis” entre os dias 16 e 20 de novembro. De segunda a sexta-feira às 5h, 8h e 18h, ouça na rádio UFMG Educativa, 104,5 FM. O programa, produzido pela Assessoria de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG, tem a proposta de informar e tirar dúvidas da população sobre temas da saúde.

Ele também é veiculado em outras 174 emissoras de rádio, que estão inseridas nas macrorregiões de Minas Gerais e nos seguintes estados: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Massachusetts, nos Estados Unidos.

UFMG - Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Minas GeraiS

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