segunda-feira, setembro 28, 2015

Na riqueza das experiências dos povos, o caminho para o desenvolvimento sustentável

A mística inicial foi animada pelos povos indígenas (Fotos: Fetape)

Populações do campo, indígenas, quilombolas, pescadoras e ciganas estão realizando uma grande troca de conhecimentos, na semana passada, no Campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). O evento, promovido pelo Núcleo de Agroecologia e Campesinato (NAC/UFRPE) e organizações parceiras, entre elas a Fetape, reúniu o II Seminário Internacional de Agroecologia, o III Seminário de Agroecologia de Pernambuco e a II Jornada dos Povos do estado.

Esse espaço de articulação de diferentes temas, entre eles o acesso à terra, território e soberania alimentar, abrigou uma feira de saberes, sabores e da agrobiodiversidade; mesas redondas; rodas de diálogo e apresentações culturais, entre outras atividades. Além de expor publicações e produtos da agricultura familiar, a Fetape realizou instalação pedagógica com jovens agricultores de diferentes municípios das três regiões do estado.

As instalações tiveram por objetivo promover um amplo diálogo sobre agroecologia, tomando como ponto de reflexão as realidades vividas pelos povos, comunidades e movimentos sociais com relação aos conflitos socioeconômicos e ambientais e as suas formas de resistência.

Numa grande convocação para que todos os homens e mulheres presentes lutassem juntos pela agroecologia, a mística inicial foi animada pelos povos indígenas, que articularam todos os demais povos presentes numa grande roda, cantando e dançando.

Na mesa de abertura, as pessoas destacaram a importância do diálogo entre a academia e os diferentes povos de Pernambuco, na construção de um desenvolvimento que saiba respeitar as culturas. “Quando se fala em agroecologia, parece que esse é um assunto só de quem é do campo, só de quem faz agronomia ou cursos afins. Mas agroecologia é algo muito mais amplo. Ela é importante para o meio ambiente, mas também para o social, o econômico, o humano. Então temos que levar esse debate para outros espaços acadêmicos, para além da Universidade Federal Rural, ampliando esse diálogo”, analisou a Diretora de Política para a Juventude da Fetape, Adriana do Nascimento Silva.

As atividades foram encerradas na quinta-feira (25), com plenária de socialização das instalações pedagógicas e produção e leitura da Carta do Evento.

Fetape

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