Lago de Sobradinho (Foto: Codevasf/Divulgação)
“Construindo alternativas para o enfrentamento dos impactos da baixa do Lago de Sobradinho” foi o tema do Seminário Regional de Segurança Hídrica – evento realizado na sexta-feira (15), em Sobradinho (BA), com a participação do superintendente regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Alaôr Grangeon de Siqueira.
O seminário foi promovido conjuntamente pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Consórcio Sustentável do Sertão do São Francisco e Prefeitura de Sobradinho. As discussões e debates reuniram também instituições como Chesf, Inema, Ibama, Univasf, Embrapa e representantes de dez municípios da região.
O objetivo do encontro foi discutir alternativas para o enfrentamento dos problemas gerados pela baixa do lago artificial da barragem de Sobradinho, principalmente aqueles que afetam sistemas produtivos da agricultura familiar, projetos de piscicultura, perímetros de irrigação e sistemas de abastecimento de água de municípios no entorno do lago.
O superintendente Alaôr Grangeon afirmou que a Codevasf estuda o agravamento da questão desde o ano passado, e já possui algumas alternativas para solucionar os problemas mais graves, como a colocação de equipamento flutuante para captação da água que será usada em perímetros de irrigação. “Estamos aguardando a disponibilização de recursos para executarmos essas ações”, explicou o superintendente.
Durante o evento, a Chesf divulgou a informação de que no início do mês passado o volume útil do lago artificial foi o mais baixo registrado no histórico de operações da barragem (18,9%). Nesse sentido, será realizada no próximo dia 20 uma reunião para dar início aos testes de vazão mínima, estimada em 900 m³/s.
Na segunda-feira (18), às 18h, a Codevasf participa de outro encontro sobre o mesmo tema no auditório da Câmara de Vereadores de Juazeiro. Deverão participar entidades como Diocese de Juazeiro, Ministério Público, Comitê das Associações de Massaroca, Salitre e região de Pinhões; Inema, associações comunitárias, Saae, Comissão Pastoral da Terra, Irpaa, movimentos populares e outras organizações da sociedade civil organizada.
Organizações de defesa do meio ambiente e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco preveem promover na região, em 3 de junho, atividades para marcar o “Dia Nacional em Defesa do rio São Francisco”, com o objetivo de chamar a atenção da população para o compromisso do poder público e da sociedade com a preservação do Velho Chico.
Codevasf
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