terça-feira, julho 30, 2013

Desmonte da fusão do PPS com PMN revela fragilidade e jogo de interesse de partidos


O PPS tenta se virar para expandir, ganhar fôlego e sobreviver com algum poder de barganha. Tentou se fundir como PMN, mas o projeto não vingou.

No tempo em que tratou de aprovar a fusão, flertou com a candidatura do governador Eduardo Campos ao Planalto.

Também ofereceu a legenda ao ex-governador José Serra, para que ele pudesse viabilizar seu plano se voltar a concorrer à Presidência da República.

Sem espaço no PSDB, o ex-governador de São Paulo concorreria pela Mobilização Democrática, a sigla que se formaria da junção PPS e PMN.

Mas o “vai não vai” da fusão resultou em inviabilidade total e serviu para retratar a frouxidão das regras eleitorais no balcão instalado entre as legendas de todos os portes.

Ficou claro, mais uma vez, que há pouca ideologia e convicções e sobram jogos de interesse no universo das siglas.

O PPS, que é apêndice do PSDB, volta à estaca zero nessa história da fusão, o que lhe daria mais tempo de TV e mais poder para negociar.

A seguir, leia matéria publicada no Correio Braziliense sobre o assunto:

A decisão do PMN de pular fora da fusão com o PPS, menos de quatro meses depois de anunciada e antes mesmo de ela se viabilizar, pode ter frustrado a expectativa do partido socialista em aumentar a bancada no Congresso.

Mas, para o PPS, as chances de lançar candidato próprio em 2014, de preferência o ex-governador de São Paulo e ex-candidato ao comando do país José Serra (PSDB), não subiram no telhado. “Nós mantemos o convite a ele”, relata o dirigente da sigla, Roberto Freire (SP).

O recuo do PMN foi anunciado em reunião no domingo (28/7), em São Paulo. O principal motivo apontado para a desistência foi a demora para que a mudança se efetivasse, já que o PPS aguardava Serra e outros parlamentares confirmarem a migração.

A presidente do PMN, Telma Ribeiro, chegou a declarar que o MD não deveria ficar refém de quem não se decide, o que, para ela, seria “sinal de que a pessoa não está nos vendo como parceiros”.

Josué Nogueira - Blog de Política no Diário de Pernambuco

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