segunda-feira, março 13, 2017

Petrolândia: Prefeito Ricardo Rodolfo entrega Ordem de Serviço para levar água ao Bairro Nova Esperança


Fotos: Assis Ramalho

A espera dos moradores do Bairro Nova Esperança, em Petrolândia, no Sertão de Pernambuco, pela água encanada chegando às suas torneiras parece estar finalmente chegando ao fim. A ordem de serviço para a construção da obra para levar água ao loteamento foi entregue oficialmente na manhã desta segunda-feira (13), em reunião realizada da sala de reuniões da Câmara Municipal de Petrolândia.

Participaram da reunião: prefeito Ricardo Rodolfo, ex-prefeito Lourival Simões, engenheiro da Compesa Dr. Flaviano Ferraz, responsável pela obra, Dr. Luciano, Gerente Regional da Compesa, e os vereadores Delano Santos, presidente da Câmara Municipal, Dedé de França, Joilton, Sílvio Rogério, Louro do Vidro, Zé Pezão, Professor Evaldo, Jorge Viana, Dr. Eudes e Toinho de Eugênio.

Representantes de associações e moradores do Bairro Nova Esperança também estiveram presentes ao encontro e, durante a reunião, a população também se pronunciou com perguntas.

De acordo com Dr. Flaviano Ferraz, seis meses será o prazo para a entrega da obra.

''Seis meses é o prazo para entrega da obra. Sempre tem um atrazosinho, mas, se tudo correr bem, até outubro o sistema vai estar concluído e operando, e possivelmente a gente consiga abastecer antes desse prazo, pelo menos uma parte do setor''.

O engenheiro também esclareceu sobre o processo licitatório da obra.

''Já faz de três a quatro anos que eu particulamente estou envolvido com obra do Bairro Nova Esperança. Fui eu que fiz o projeto e sou eu que vou acompanhar os serviços. O processo licitatório começou em agosto do ano passado e, no final de 2016, já tinha o resultado de que a ABL(Engenharia Comércio e Representação Ltda) foi declarada vencedora. É uma empresa que já realizou vários projetos da Compesa. Então, passamos esses três a quatro meses para dar Ordem de Serviço e agora foi autorizado, no dia 6 de março, na última segunda-feira, e na quinta-feira (8) já começou efetivamente o início dos trabalhos.

Ferraz exaltou a parceria da Compesa com a Prefeitura de Petrolândia para realizar a obra

A Prefeitura tem um papel importante, por que foi celebrado um convênio Prefeitura/Compesa, e nesse convênio parte da escavação do projeto vai ser realizado pela prefeitura.

De acordo com o engenheiro, os moradores  não vão arcar com nenhuma despesa de instalação em suas residências, tudo vai ser feito pela empresa contratada.

''Sobre as questões das ligações, os moradores não vão ter custo nenhum, quem vai fazer todos os serviços é a empresa (ligações, relógios etc). Em breve será realizado o cadastro de todos os moradores e é importante que todos estejam com seus documentos, para que os cadastros sejam feitos certinhos'', frisou.

Todos os vereadores fizeram uso da palavra e foram unânimes em afirmar a importância da obra para os moradores do Bairro Nova Esperança. Segundo eles, na Casa Legislativa não tem situação ou oposição quando se trata de obras que venham a favorecer o povo. Também lembraram de muitos que contribuíram para a realização da obra, a exemplo do ex-prefeito Lourival Simões, de ex-vereadores, e do deputado estadual Rodrigo Novaes.

Ex-prefeito Lourival Simões explicou por que a obra não foi realizada em seu governo e destacou a importância do empenho do governador Paulo Câmara

''Foi importante a sensibilidade do governo do Estado (Paulo Câmara) em abraçar a causa das pessoas do bairro, por que vocês que são funcionários da Compesa, vocês vão entender e vão confirmar o que eu sempre dizia aqui e as pessoas, às vezes, podiam não acreditar por conta de um posicionamento político. A prefeitura de Petrolândia podia fazer a obra? Podia, desde que a Compesa pagasse à Prefeitura. Qual a possibilidade da prefeitura receber algo da Compesa? Difícil. A não ser se a gente tivesse inadimplente (como forma de compensação), só que a Prefeitura não deve à Compesa. Então a Prefeitura não poderia fazer, porque afinal quem teria lucro seria a Compesa, e a Prefeitura não pode gastar os recursos do município para uma outra empresa ter lucro. A não ser que o pagamento (do uso da água) fosse para a Prefeitura e não para a Compesa. Então, isso foi que impediu a licitação lá atrás, da Prefeitura não ter o dinheiro para fazer a obra. Infelizmente, não é que a gente não quisesse fazer, é que legalmente falando não pode. Ricardo está passando por isso, tem muitas coisas que ele achava que podia e não pode de jeito nenhum''.

Por último, o prefeito Ricardo Rodolfo falou da importância da obra para o Bairro Nova Esperança, agradeceu o empenho de todos que estiveram na luta para a realização da obra e fez desabafo sobre os momentos difíceis em que está passando em relação à perda de receitas do município por parte do FPM (Fundo de Participação dos Municípios).

O prefeito agradeceu a todos que lutaram pela obra

"Quero agradecer primeiramente a Deus e, depois, desde Lourival (Simões, ex-prefeito), a Fabiano (Marques, ex-vereador), Rodrigo Novaes (deputado estadual), os vereadores que não estão aqui, como Dona Santa, Carlinhos, enfim todos esses políticos que lutaram por essa obra, por esse instante. Nós estamos celebrando por eles todos. Então, a grande alegria é que a obra vai ser feita e vai ser acompanhada por vereadores e secretários."

Agradecimento aos vereadores, aos moradores do Bairro Nova Esperança e desabafo

"Quero muito agradecer a vocês vereadores por terem vindo aqui, agradecer o comparecimento de todos vocês do Bairro Nova Esperança, porque eu estava ansioso para dizer a vocês da ordem desse serviço. Tive uma reunião com vocês lá (no Bairro Nova Esperança) e quero dizer, a você, Josenildo (presidente da Associação dos Moradores do Bairro Nova Esperança), porque o relatório da Compesa está aqui em minhas mãos e está fácil de explicar. Com o dono da empresa, nós vamos conversar com ele nesta semana ainda e um dos pedidos nossos é que as vagas de empregos sejam todas para o nosso município. Sobre desemprego, eu quero fazer aqui um desabafo. Vocês, vereadores, estão passando por isso, Lourival passou por isso, mas hoje a angustia maior está sobre mim, porque a gente não dá conta de tantas famílias que querem um emprego e para mim isso é angustiante. Como pastor, você tratava com menos dilemas, alguém com fome, com outras necessidades, a igreja rapidamente resolvia o problema. Mas, na Prefeitura o volume de pessoas que procuram ajuda é incomparável. Eu estou até fisicamente abatido e vou procurar médico, para eu não ter problemas maiores no meu coração. Eu estava em Garanhuns, ontem, e eu conversando com um casal que me hospedou e eu estava respirando, sentido muito peso no meu peito, abatido e a família que me hospedou tirou a minha pressão e estava um pouco baixa, mas a questão mesmo é o cuidado com um todo. Eu, por ser pastor, e acho que aqui todos são seres humanos, todo mundo sente quando vê alguém chorar, quando você ouve alguém falando sobre os seus problemas, só se for robô para não sentir nada. E eu sinto. Essa angústia dos carros-pipas do Bairro Nova Esperança, por exemplo. A gente está com cinco carros e não dá conta. Os vereadores já foram lá e todos já sabem dos problemas. Então, a água é a solução, e vai chegar em seis meses, se Deus quiser. Então, é uma angústia a gente ver tanta demanda e não poder dar conta, e isso me afeta como gestor, porque não temos respostas imediatas para tudo isso. Me angustia ver tanta gente desempregada, do Bairro Nova Esperança, do grupo político, de pessoas da família, de pessoas que chegam passando necessidades e nós, realmente, não podemos empregar todos. Estamos vivendo momentos difíceis, mas eu não estou parado nem desanimado, mesmo abatido fisicamente.

Parceria com a Câmara e perda crescente de receita do FPM

''Nós vamos precisar da nossa Câmara de Vereadores para entender como funciona nossa Secretaria de Finanças, de forma mais efetiva. Então, nós vamos dialogar com a cidade e mostrar a realidade como, por exemplo, os vinte bombeiros que eu não vou poder contratar, a AABB Comunidade que são mais de dez empregos, o nosso hospital ainda sem ter todos os profissionais, a assistência social não tem todos os profissionais. No final do governo de Lourival, em comparação com o mês de dezembro, eu estou com quase cem funcionários a menos e, mesmo assim, hoje, sentado com Luiz (contador da Prefeitura), o financeiro, os advogados, observando a nossa realidade, nós continuamos no limite prudencial. Não é culpa minha nem de Lourival, é porque tem uma perda de receita continuada. Agora, em fevereiro, pagamos a folha direitinho, mas quando for em março, (teremos) R$ 500 mil a menos do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Como é que você consegue dar conta (das despesas), perdendo R$ 500 mil em apenas um mês. Isso é muito sério e eu não posso guardar isso não, porque senão eu morro. Eu tenho que compartilhar com a Câmara e com a sociedade. Eu não posso ficar trancado em um gabinete, com problemas tão sérios guardados para mim e para onze secretários. Eu vou começar a faze,r agora em março, audiências públicas. As primeira delas serão no Limão e no Icó-Mandantes, onde vamos explicar tudo para a sociedade. Os secretários vão estar lá: Saúde, Educação, Assistência, Agricultura, Infraestrutura, todos vão estar lá''.

Ricardo falou sobre problemas na transição do governo

''Infelizmente, Lourival não entregou, assim como nenhum prefeito entrega, tudo redondinho. As UTR estão todas sucateadas, ambulância no final da vida, não temos recursos para comprar ambulância. (tem) muita gente aposentado e tem contas de R$ 70,000,00 a 100 mil reais (para receber por encerramento do contrato), as agrovilas precisam de uma revitalização em seu sistema de água e, claro, sem contar de uma série de coisas que a gente está conseguindo colocar em seu lugar, mas é preciso paciência, porque eu só tenho pouco mais de dois meses de governo''.

Estradas das agrovilas

''As estradas vão começar agora. As máquinas, depois de consertadas, começaremos agora, antes do final de março, a montar as equipes das estradas e fazer os consertos (nas vias)''.

Angústia por não poder empregar todos que precisam trabalhar

''Hoje, tinha nove famílias na fila, lá em casa, para conversar. Professores que não passaram na seleção e querem uma vaga de emprego, e são dezenas de professoras excelentes que não passaram, mas a que passou tirou o emprego dela, as que não passou quer de volta o emprego e o emprego não é meu exatamente, é da (Secretaria de) Educação. Eu não posso contratar e me emociono, mas eu não vou desanimar. Fui eleito, não para ficar sentado, mas para trabalhar''.

Ver fotos>Anúncio de Ordem de Serviço de obra do Bairro Nova Esperança

Redeação do Blog de Assis Ramalho
Fotos; Assis Ramalho

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