sábado, julho 09, 2016

Viveiro de mudas da caatinga garante renda e recomposição florestal em assentamento no Médio São Francisco

Assentada Maria do Socorro investe na produção de mudas nativas da caatinga, em Parnamirim (PE)

Localizado na área rural do município de Parnamirim, no Sertão Central de Pernambuco, o assentamento Né Laranjeira é exemplo de desenvolvimento sustentável com a produção de mudas de espécies nativas do bioma caatinga, como umbuzeiro e aroeira, além de sementes crioulas. A iniciativa tem por objetivo recompor a mata nativa da caatinga que sofre com a degradação climática e ambiental.

A agricultora assentada, Maria do Socorro Nero, iniciou junto com as demais famílias do Né Laranjeira projeto de reflorestamento da mata ciliar dos afluentes do Rio São Francisco por meio do Programa Uma Terra Duas Águas, executado entre 2011 e 2012. Após o encerramento do programa, ela permaneceu com o viveiro, que tem área de 0,02 hectares e é mantido com um sistema de reaproveitamento de água. “Gosto de trabalhar com a recomposição da caatinga, meu viveiro tem capacidade de produção de 10 mil mudas que são subdivididos em 15 espécies nativas, garantindo um salário-mínimo. Também distribuo quando identifico uma área de grande degradação ambiental”, declara Maria Nero.

A prestadora de assistência técnica contratada pelo Incra para acompanhar assentamentos da região é a Delta, que por meio do seu coordenador de núcleo, Bosco Carvalho, disse que desenvolver este tipo de atividade junto aos agricultores é gratificante e desafiador: “O maior desafio hoje é conscientizar e sensibilizar as comunidades rurais, criando uma cultura de cuidado e preservação dos recursos naturais e ainda provar a viabilidade econômica” explica.

Assentamento

O Né Laranjeira está localizado às margens da barragem Entremontes, a segunda maior de Pernambuco em volume de água, beneficiando 44 famílias de trabalhadores rurais que vivem da exploração pesqueira e agropecuária. O assentamento foi criado em 29 de outubro de 2007, em uma área de aproximadamente 6,5 mil hectares, com distribuição de oito hectares por família. A maior parte do projeto é destinada à preservação ambiental e por se tratar de área ribeirinha as famílias exploram pescado e agropecuária.

Assessoria de Comunicação Social do Incra/Médio São Francisco

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