sexta-feira, agosto 07, 2020

Donos de instituto são presos sob acusação de emitir diplomas falsos no Piauí, Maranhão, Pará e Amazonas


Golpe teria feito mais de 1.000 vítimas. Os cursos de graduação e pós-graduação não eram reconhecidos pelo MEC.

A Polícia Civil do Maranhão prendeu, nessa quinta-feira (6) em Timon, no Maranhão, o empresário Jacobe Barbosa Almeida, proprietário do Instituto Qualifique e Consultoria. De acordo com a Delegacia Especializada de Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD), o empresário é acusado de emitir diplomas falsos de cursos de graduação e pós-graduação nos estados do Piauí, Maranhão, Pará e Amazonas.

Três mandados de prisão foram expedidos pelo Tribunal de Justiça do Amazonas, no dia 16 de julho deste ano, em desfavor de Jacobe Almeida Barbosa, Katarina Souza Correa, representantes do Instituto Qualifique e Consultoria, e Márcio Fabrício da Silva, representante no Amazonas.

A Polícia Civil do Paraná, através da Delegacia de Estelionatos de Curitiba, conseguiu localizar e prender nessa quinta-feira a empresária Katarina Souza, no Balneário Porto Fino, em Pontal do Paraná. O terceiro investigado, Márcio Fabrício, representante do grupo criminoso no Amazonas, não foi localizado e é considerado foragido.


O G1 tentou contato com o Instituto Qualifique e Consultoria (IQC), faculdade que promovia os cursos, mas não obteve resposta até a publicação dessa matéria.

De acordo com a investigação, mais de 1.000 alunos tenham sido vítimas do golpe. A instituição ofertava 11 cursos, entre Direito, Administração, Saúde e outras áreas. Os cursos tinham duração de dois anos, sendo o primeiro ano a mensalidade no valor de R$ 750 e o segundo ano, no valor de R$ 850. Totalizando R$ 25 mil por aluno.

De acordo com o delegado regional de Timon, Humaitan Oliveira, a investigação se iniciou após várias vítimas terem procurado a Delegacia Especializada De Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD), denunciando que haviam frequentado até o fim cursos que eram comercializados como de mestrado e doutorado, quando na verdade, os cursos no máximo seriam de especializações ou sem valor acadêmico, conforme nota técnica Ministério da Educação (MEC).

"Várias irregularidades foram notadas durante a investigação tais como fornecimento de material com indicação errônea aos alunos, informações contraditórias por parte das instituições investigadas, não localização dos investigados, entre outras, o que nos levou a crer que os organizadores de tais curso obtiveram para si vantagem ilícita, em prejuízo das pessoas que frequentavam esses cursos, os quais eram mantidos em erro", declarou o delegado.

G1 MA

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