sábado, novembro 09, 2019

Petrolândia: Jorge Ernesto, cidadão do Brejinho - Sua história


Quando precisou nascer, sua avó, que era parteira das boas, tinha ido ajudar uma parentea parir no Brejinho de Fora . Como a vida não espera, Tubalda , moradora do lugar e acostumada a “pegar” menino, foi chamada e o ajudou a chegar ao mundo no dia 06.04.1933, no Brejinho da Serra, povoado de Petrolândia. Ele diz-se descendente da Índia Juliana primitiva habitante do Brejinho da Serra, cuja filha veio a casar com o português André de Souza e deu origem aos Souza do Brejinho.

Filho deMaria Severina da Silva e Ernesto José de Souza, Jorge Ernesto de Souza foi o segundo de oito filhos. Antes dele Zezinho, depois , Luiz, Nozinho, Pedro, Celino , Edite e Euza. Edite morreu de gastroenterite logoque começou a falar, morte comum numa época sem água tratada. Como no sertão todo mundo é de alguém, ainda maisem um lugar como aquele onde quase todos eram parentes,, ele ficou sendo Jorge de Ernesto.

Sobre os seus, explica que o Brejinho , embora com muitas casas, é formado por apenas quatrofamílias. Pois o povoado tevepor origem quatroportugueses: Joaquim de Almeida Leal, André de Souza, Joaquim Rodrigues e José Correia Maurício que compraram terra para instalar fazenda de gado na região e acabaram casando com índias do Brejinho.

Conta que José Correia Mauricio se encantou por uma das filhas da índia Juliana, que hoje dá nome a serra, e casou com ela.Levou filha e mãe para morar com ele, mas vez por outra amâe fugia de volta para a mata eele mandava buscar de volta. Dizem que muitas vezes a encontraramno meio do mato dormindo sentada, como em alerta. Masvendo que a índia Juliana não se acostumava, construiu casa pra ela bem em frente ao Brejo dos Padres,no alto da serra. Aquadra de terra tinha água,mandou cercar, botou gado para ela cuidar e limpou o terreiro . Aí sim, sozinha, e fazendo o que gostava, ficou por lá e preparou o terreiro para o toré, que ela comandava. Nos sábados e domingos o povo do Brejinho vinhabrincar.

Jorge de Ernestomorouno Brejinho da Serra até seu pai mudar-se para a Cidade quando já era rapaz feito. Lugar de clima ameno e terras férteis, descobertas pelos índios ainda na pré-história. Quando fala nisso, contacom orgulho sobre as escavações realizadas na Gruta do Padre pelo pesquisador Carlos Estevão , o arqueólogo espanhol Caldeiron e por último pela Arqueóloga Gabriela Martins, da UFPE, nos anos 80, de quem chegou a presenciar e fotografar o trabalho. Naquela gruta, perto de onde morava, foram descobertos ossos humanos e artefatos ornamentais e de caça datados de mais de 7.000 anos atrás. Esses achados,após estudados, provaram que o local era utilizado como ossário por índios que habitaram a região. Mas seu Jorge , antes dessa informação , já sabia, desde criança, que alí era um local considerado sagrado, para os antigos, que cercavam a gruta com caiçara ( cerca de galhos) e seus mortos lá. .

Sobre o nome da Gruta, Jorge de Ernesto conta de ouvir dizer dos mais velhos, que um tio do seu bisavô foi procurado em casapor Frei Doroteu de Souza, seu parente das “bandas” de São José do Belmonte, que, tendo se apaixonadopor uma prima , viu-se obrigado a fugir sendo perseguido pela família dela. O parente o aconselhou aficarem escondidos na gruta, lugar seguro e pouco conhecido pelos “de fora”. Mas o casal caiu na besteira de acender uma pequena fogueira. Os perseguidores estando nos arredores avistaram a fumaça edesconfiados, seguiram para o local. Lá chegando mataramos dois e tocaram fogo na gruta com eles dentro. A família preferia ter uma filha morta, a desonrada.A tragédia ficou conhecida em toda a região e a gruta passou a ser apontada comoGruta do Padre Ao tomarem conhecimento dessa história os arqueólogos deram risada, desacreditaram. “È lenda!” disseram eles. Mas de pai para filhos essa história vem sendo contada e agora tem nome e sobrenome, assim confirma Jorge de Ernesto do alto dos seus 86 anos.

Ora, pois foi alí, aos pés do Serrote do Padre, local da gruta, que Jorge de Ernestopassou a infância. Sua família foi uma das primeiras moradoras de lá. Seu pai, assim como todo o povo do Brejinho, vivia deplantar feijão de arranca, macaxeira e mandioca para fazer farinha. Chovia todo ano,tinha fartura. Alguns poucos criavam gado, amaioria criava bode e cultivava a terra. Sua mãe e as outras mulheres de lugar, cuidavam da casa , dos filhos, ajudavam na roça e durante a safra, levavam umbus, mangas e pinhas para vender na feira de Petrolândia.. Lindas e deliciosas pinhas que ainda hoje tem na sua roça.

Diversão só quando iam as festas do Brejo. Lá assistia os adultosdançarem o toré, e depois, no terreiro de casa, os imitava dançando com as outras crianças . Divertia-se tambémvendo os índios pescarem na cachoeira. Gostava de vê-losusando o gazuin , uma rede feita de cordas finas cujas laterais eram fixadas nas pedras de um lado e do outro do canal da cachoeira, formando uma espécie de peneira. Os peixes que desciam as correntezas ficavam retidos nela. Uma vez cheia, o meioda rede podia ser puxadoatravés do manejo das cordas enquantoas extremidades permaneciam fixas nas rochas. Os peixes nela acumuladoseram retirados, manejava-se novamente as cordase a rede vazia rolava de volta. Ele, menino ficava admirado com a inteligência do seu povo.

Entre os índios se criou, tanto que, aos 7 anos , sem entender direito o que estava acontecendo, junto com seu irmão Zezinho, acompanhou curioso a demarcação das terras indígenas realizadas pelo serviço de Proteção aos índios em 1940, durante o governo Vargas.

Mas a infância de menino da roçaterminava cedo. Aos oito anos já pegava no cabo da enxada para limpar roça de macaxeira com seuirmão mais velho, para ajudar seu pai. Nas farinhadasralava a mandioca e o que fosse preciso fazer. Nessa idade a rotina já era puxada. De manha, acompanhado por outras crianças, ia a pé para as aulas de Dona Lilia no Brejinho de Fora, á 6 km de distância. Ao meio dia voltavam para casa com uma fome danada aguçada pelo cheiro bom do feijão que vinha da cozinha da professora. Chegando era só almoçar e ir para a roça onde passava a tarde toda. Tendo chuva plantava, quando não tinha plantação cuidava dos animais de carga. Eram eles que subiam a serra carregados de mandioca para a casa de farinha de Caboclo Lola. Dava água aos bichos, soltava no campo e tinha que recolher depois. À noite, dormia cedo morto decansado. O pior é que menino não ganhava nada pelo trabalho, quando muito uma roupa nova para ir à feira na cidade, já que a roupa do dia a dia erammesmo as feitas de pano de saco que sua mãe tingia e costurava.

Era a mãe também que , às escondidas, costurava as indumentárias de penitente para ele e seu irmão Zezinho, pois desde pequenos acompanhavam os tios nas rezas durante a semana Santa. O nome de quem participava do grupo era mantido em segredo. Ninguém podia saber. As crianças podiam acompanhar seus pais ou tios mais velhos. O grupo se reunia em local afastado e com seus rostos cobertos, saiam tarde da noite a se martirizar com chicotadas no próprio corpo a ponto de sangrar e a rezar em todas as cruzes, no cemitério, na Igreja, no Cruzeiro. As crianças não se martirizavam, mas rezavame cantavam os benditos juntos. Ele tinha voz boa. Tanto que depois de adulto, nos anos 70,chegou a cantar no Coral Vozes do São Francisco, a convite de Nicodemos e Padre Cristiano.

Aos quatorze anos , apareceu no Brejinho um caminhão do DNOCS amealhando gente para trabalhar na construção da estrada de Flores. Ele foi com um tio e um primo. O serviço lá era duro, arrancando troncos e limpando o terreno, mas durou pouco. Seu primo teve um entrevero com o encarregado. Preferiram ir embora. Se um ia os outros dois lá também não quiseram ficar. Saíram de lá a pé, sem ter recebido um tostão pelo serviço realizado. Caminharam um dia inteiro e a noite chegaram em Triunfo, dormiram no mato, num frio danado. Amanheceu andaram até Serra Talhada, lá foram abrigados por Manoel Leandro que lhes deu de comer. Matada a fome seguiram na caminhada , quando passaramem Nazaré, estava com uma sede danada. O lugar tinha fama. O povo de lá era temido, eramos brabos da região. Os outros tiveram medo até de pedir água, mas ele ariscou. A sede era maior do que o medo. Quem já se viu sertanejo negar água a outro? Pediu e foi gentilmente atendido. Sede abrandada, tocaram a caminhar novamente até Floresta,de lá conseguiram uma carona em cima de um caminhão até Petrolândia, mas o carro quebrou no caminho , tiveram que desatolar o caminhão, chegando na Barreira tiveram que seguir á pé até o Brejinho da Serra. Depois dessa aventura o sonho de um emprego ficou bem distante e ele continuou na roça ajudando ao pai.

Mas sentido a falta de perspectiva de trabalho do lugar, e na esperança de futuro melhor,um tio o leva para tentar a vida em São Paulo. Acontece que aos 18 anos, só com o estudo primário, sem experiência nenhuma, o único serviço que conseguiufoi na lavoura. O trabalho era pesado. Não aguentou nem um ano.

Quando voltou seu pai já havia se mudado para a“rua”, como era chamada a cidade pelo povo da área rural quando se referia a Petrolândia. Lá conheceuManinho Delgado ,com quem aprendeu o oficio de eletricista.

Pouco tempo depois, aos 19 anos,foi contratado temporariamente pelo Dnocs para trabalhar nos estudos para construção de açudes da região. Agora já não eratão inexperiente, já tinha passado por São Paulo e tinha uma noção de como lidar com eletricidade. Viu nisso uma oportunidade de novas experiências. No Dnocs trabalhoucomo feitor, e como auxiliar de topografia. Era mais uma profissão que aprendia.

Nesse período, durante uma viagem com o chefe a Tacaratu, vendo a preguiça do eletricista da Prefeitura que não providenciava a ligação elétrica das barracas que começavam a ser armadas para a festa de Nossa Senhora da Saúde, se ofereceu para fazer o serviço. A cada ligação feita ganhava 20 reis. A principio foi chamado à atenção porque a aqueleserviço não podia ser feito por particular, mas depois o pessoal da própria Prefeitura acabou lhe autorizando a continuar prestando o serviço por conta própria e ele pode ganhar seu dinheirinho em paz.. A partir desse serviço, surgiram outros. Sentia que, com a profissão de eletricista, as coisas começavam a melhorar.

Passado algum tempo, vai procurar o amigo Conrado que trabalhava na SUVALE. Queria uma chance de aprender a mexer com alta tensão. O amigo fala com Dr.Medeiros,que era o chefe do Projeto no Núcleo Colonial de Barreiras,mas ele nega: “ Aqui não escola, não!” disse ele. Mas Conrado pondera: “ Mas doutor, a gente precisa de eletricista e ele já tem uma noção, é conhecido nosso. Vamos da uma chance ao rapaz!” . Doutor Medeiros, acaba consentindo que ele fique como observador. Em pouco tempo é chamado ao escritório. Doutor Medeiros num tom desconfiado lhe pergunta: “ Soube que você anda consertando lâmpadas por aqui? Consertando ou fabricando? “ . Jorge de Ernesto responde: “ Se tiver jeito conserto, sim. Já aproveitei várias”. Dr.Medeiros manda que ele escolha algumas lâmpadas queimadas numa caixa. Marca as lâmpadas e o autoriza a leva-las para o conserto. Ele pega, solda os filetes soltos e volta com as lâmpadas prontas para o uso. Ainda incrédulo doutor Medeiros manda testar as lâmpadas. E não é que acenderam?! “Você é um danado mesmo, hem?” “Podem fichar o rapaz!”, disse ele ao pessoal do escritório. Foi contratado como auxiliar do amigo Conrado, com quem,por ser também solteiro, passou a dividir o mesmo alojamento.

Na SUVALE aprendeu de tudo um pouco. Aprendeu a dirigir automóvel, foi bombeiro hidráulico e passou a fazer parte da equipe de Gororoba, que já era eletricista experiente. Certa feita, Indo com elefazer um serviço em Tacaratu , encontrou novamente o pessoal da Cooperativa para quem já havia trabalhado. Perguntaram-lhe quanto estava ganhando na SUVALE. Respondeu: “Duzentos cruzeiros por semana”. Eles , então, lhe ofereceram o mesmo para que voltasse a prestar serviço a cooperativa novamente. Não pensou duas vezes, aceitou na hora, pois a essas alturas já namorava Terezinha, pensava em casar.

Quando já estava na Cooperativa, João Serafim, prefeito de Tacaratu queria puxar a rede elétrica para Caraibeiras e o chamou, junto com Gororoba para fazerem o serviço: “ Olha, vou lhe pagar mais do que o você ganha na cooperativa e você vem trabalhar na Prefeitura.”, disse o prefeito. Mais uma vez não pestanejou. Queria casar, agora ia poder sustentar uma familia. Era o ano de 1957, ele tinha 24 anos quando casou com Terezinha, que na época tinha 14 anos, e foram morar em Caraibeiras. Fez toda a instalação elétrica de Tacaratua Caraibeiras e virou cobrador da energia consumida. Teresinha, moça prendada, passou a ser professora do curso de corte e costura.

A vida melhorou muito. Comprou um carrinho, fez parceria com Firmino Barbosa, quehavia comprado uma maquina de projeção de filmes em São Paulo, juntaram-se a Ciríaco, que era dono de um prédio e montaram uma sala de cinema em Caraibeiras. Toda semana recebia novas películas que vinham de Recife pelo correio. Com o tempo os demais desistiram do negócio, mas ele sentia que aquilo tinha futuro. Resolveu continuar sozinho. Comprou a parte de Firmino na sociedade epediu ajuda de Zé de Caboclo, seu parente, prefeito de Petrolândia, para comprar um novo projetor em São Paulo. Zé de Caboclo não só oajudou, como o chamou para trabalhar com ele na Prefeitura. Mudou-se para Petrolândia, mas nos finais de semana percorria, no seu carrinho,as cidades de Piranhas, Água Branca, Pariconha, Caraibeiras, Tacaratu, Itacuruba e Floresta, levando os filmes para o povo assistir. Em Petrolândia passava os filmes no clube. O cinema agora era itinerante e a bilheteria era toda sua. Seu cunhado Tiago Delgado o ajudou nessa empreitada. Ganhou muito dinheiro nessa época.

Com o fim do projeto doNúcleo Colonial de Barreiras ,em virtude do plano de construção da barragem de Itaparica, a CHESF assumiu a antiga olaria da SUVALE ,em Petrolândia. Estavam produzindo tijolos para construção de Nova Glória, cuja a cidade antiga seria inundada pela construção de uma das barragens de Paulo Afonso. Era nova oportunidade de trabalho que surgia. Agarrou-se a ela e em 1979 conseguiu ser contratado pela CHESF onde permaneceu por seis anos. Nesse percurso fez vários cursos técnicos na área de eletricidade, como eletrotécnica e outros mais. Chegou a montar loja de conserto de radio e eletrodomésticos. Mas apesar de todos esses trabalhos, nunca deixou a roça. Continuava a plantar no Brejinho de Fora e da Serra, construiu casa. O casamento lhe rendeu dezesseis filhos, apenas dez vingaram. Cinco homens e cinco mulheres. Depois criou mais dois netos que considera também como seus filhos.

A essas alturas, seu cunhado Tiago Delgado, funcionário da SUVALE e dono da foto Rio Grande, em Petrolândia, havia sido transferido para Recife. Sabendo da sua facilidade em aprender coisas novas, Tiago se ofereceu para lhe ensinar os segredos da fotografia. Queria lhe repassar a foto. Não teve problema, rapidinho aprendeu e virou proprietário da Foto Rio Grande. Comprou casa na Travessa Dom Pedro II onde passou a morar.

As obras da Barragem de Itaparica começaram. Serviço não faltava. Mas era preciso estar atento. As mudanças que estavam para acontecer eram muito grandes. Ia mexer com a vida de todo mundo. Orientado pelo Padre Cristino e com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais,organizou e fundou, com seu tio Izidio e outros mais, a Associação dos Moradores de Petrolândia. Lutavam por seus direitos e para serem ouvidos nas questões que envolvia as indenizações. Inclusive, foi a Associação que indicouo local de construção da nova cidade. O lema era “ terra por terra, casa por casa”. A luta não foi pequena. Além de todas as dificuldades de ter quenegociar preço de casa, terra e benfeitorias das áreas a serem inundadas, ainda tinham que estar atentos para não cair nas armadinhas de advogados inescrupulosos e alguns maus funcionários da CHESF que tentavam tirar direitos do povo em benefício próprios.

Ao ser perguntado sobre o como se sentia com relação às mudanças causadas pela construção da Barragem, ele afirma: “ O lugar era muito atrasado, não tinha nem espaço para crescer “ “ era preciso deixar o progresso chegar”.” Foi bom para Petrolândia” “Hoje a cidade é muito maior. Já, já chega em Floresta”.

Diz isso e lembra que, ele e o povo do Brejinho,foram beneficiados,já que apenas uma parte das suas terras e algumas benfeitorias precisaram ser indenizadas. Conseguiram ser incluídos nesse “progresso”, sem precisar sair de suas próprias roças. Diferente da maioria do povo de Petrolândia.

Hoje, ele e sua família lutam para firmar-se como povo indígena primitivo naquele território. Segundo ele, seus antepassados índios estão na região bem antes da aldeia do Brejo dos Padres existir. Alega que os primeiros índios do Brejo dos Padres vieram do Brejinho da Serra, como a família Baleia por exemplo. Inclusive tem gente de Brejinho que casou com índio da tribo Rodelase que também passou compõe o povo primitivo do Brejo. Afirma, inclusive, que o povo do Brejo adotou o nome de Pankararu por sugestão do Serviço de Proteção ao Índio, porque quando da regularização de sua aldeia, formou-se umase comitiva composta por Anjo Bomba, João Moreno, Bernardo e Mariano que viajaram ao Rio de Janeiro para as providencias legai. Na entrevista quando perguntado o nome da Aldeia, eles falaram que seriaTUAÇÀ JERI PANKO ( Brejo dos Padres). O funcionário do SPI afirmou que não poderia ser Já que esse era apenas o nome do lugar. Sugeriu então, Pankarus, e assim ficou até descobrirem o anterior de outro grupo indígena com esse nome na Bahia. Então o SPI resolveu mudar para PANKARARUS demodo a atender a burocracia.

Também para atender a burocracia e ter seus direitos preservados, formou junto com sua filha Josenilda, a Associação dos Indios Urbanos, que depois, em 2007,teve seu nome alterado para Associação dos IndiosPankararus Aldeia Brejinho da Serra. Em Assembleia foi nomeado cacique de modo a lhe dar condições de liderar o movimento do povo indígena do Brejinho da Serra e de Fora. Não para reivindicar territórios antigos, mas apenas para garantir que suasterras não sejam indevidamente reivindicadas por outros.

Assim é que aos 85 anos , com uma memória privilegiadíssimas a disposição para travar novas batalha continua a mesma. Afinal cacique que se preza não foge à luta.

História de: JORGE ERNESTO
Autor: Paula Rubens

Da Redação do Blog de Assis Ramalhop

2 comentários:

  1. Ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas deixar de ser vítima dos problemas e se tornar o autor da própria história
    HISTÓRIA LINDA ♡♡♡

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