Cidades & Soluções: Museus em pequenas cidades - Roberto Oliveira

Museus pertencentes a pequenas cidades, sempre trazem novidades e curiosidades da comunidade onde estão inseridos. E hoje mais do que nunca estas preservações da memória do povo são apresentadas com o uso da tecnologia digital. Temos como inúmeros exemplos o Museu de Cora Coralina na cidade de Goiás-GO onde os versos de Cora são apresentados em uma tela digital. O Museu arqueológico de Xingó da Universidade Federal de Sergipe tem uma ação educativa. De acordo com o site do museu, “As ações pedagógicas objetivam a aproximação das escolas sergipanas, em especial, as públicas, e as instituições que promovam a sociabilidade através da educação, dos primeiros contatos sobre a Arqueologia e as pesquisas produzidas pelo MAX. Usando de uma metodologia baseada na ludicidade e na criatividade, as ações educativas buscam o envolvimento afetivo do público em geral, com o MAX. Não se trata de uma relação de conhecimento segundo os modelos de ciência tradicional, antes, de um conhecimento fundado na abertura de relação da percepção subjetiva com o objeto arqueológico. São realizadas oficinas, cursos, exposições itinerantes e muita brincadeira”.

Museu arqueológico de Xingó (Foto: Roberto Oliveira/ Blog de Assis Ramalho)

Como exemplo bem sucedido de museu no sertão, temos o Museu do Cangaço em Serra Talhada. A cidade oferta eventos associados à História de Lampião, movimentando o Sertão do Pajeú através da preservação cultural do seu povo.

Claro que o Brasil tem museus sofisticados como o Museu do Amanhã na cidade do Rio de janeiro-RJ, porém para implantar um espaço da preservação memorial de um povo não requer muitos recursos, e quando bem planejado pode até captar recursos financeiros.

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Foto: Museu imperial 

OPINIÃO

Professor Roberto Oliveira

Na antiga cidade de Petrolândia, foram encontradas gravuras rupestres deixadas por indivíduos que remontam de uma época anterior até as antigas pirâmides do Egito! E não é valorizado pelas cidades da região do submédio São Francisco. Existem Itacoatiaras da antiga Petrolândia no Museu do Estado de Pernambuco. Seria interessante a elaboração de um museu municipal, que poderia ser instalados em um dos prédios da Prefeitura. Com a cobrança de uma taxa de manutenção, de R$ 2,00 como é feito em Xingó. A equipe responsável poderia captar objetos da antiga cidade e fazer uma parceria com a UFPE dando suporte a pesquisas antropológicas. Com o uso de a tecnologia digital poder ia-se dar interatividade ao projeto. Incentivando a visitação de professores e estudantes das escolas estaduais e municipais. Esta interatividade poderia ser através da elaboração de um jogo de perguntas e respostas e ou também com imagens e vídeos da pesquisa, sem falar na possibilidade de recriar todo o passado em 3D, através de softwares gratuitos, que causariam grande impacto. Os visitantes também poderiam comprar souvenir como camisas, bolsas, bonés etc com os desenhos rupestres encontrados na antiga cidade. Reforçando a identidade de Petrolândia e tornando esta cidade um dos pontos turísticos científicos que atrairiam pessoas de várias cidades.

Museu arqueológico de Xingó (Foto: Roberto Oliveira/ Blog de Assis Ramalho)

Cidades & Soluções é coluna do professor Roberto Oliveira