sábado, março 18, 2017

Tacaratu/Jatobá/Petrolândia: Povo Pankararu continua sob proteção do Estado


A equipe técnica Programa Estadual de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos de Pernambuco (PEPDDH) realizou mais uma visita de monitoramento de campo ao território Pankararu, localizado entre os municípios de Tacaratu, Jatobá e Petrolândia. A cacica do povo Pankararu, Hilda Bezerra Barros, 78 anos, defensora dos direitos humanos, é acompanhada pelo programa desde 2012. A líder integra o programa em decorrência de ameaças sofridas por defender o povo indígena, a exemplo da sua luta pela demarcação do território indígena. O PEPDDH integra o Sistema Estadual de Proteção a Pessoa (SEPP), da Secretária Executiva de Direitos Humanos (SEDH), órgão vinculado a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos.

O território indígena foi o primeiro homologado em Pernambuco, no ano de 1987, pela FUNAI. Mas, na prática, os limites do território nunca foram respeitados e este, que em 1930 havia sido delimitado pelo Serviço de Proteção ao Índio em 14.290 hectares, resumiu-se em apenas 8.100 hectares oficialmente reconhecidos. Atualmente, as lideranças aguardam pelo inicio do processo de desintrusão dos posseiros não índios. Além da luta pelo território, o povo Pankararu enfrenta vários problemas como: o uso de álcool e outras drogas no território por jovens. O último monitoramento em campo realizado pela equipe estadual do PEPDDH/PE ocorreu na Festividade tradicional conhecida como Corrida do Umbu, realizada entre os dias 05 e 06 de março.

HISTÓRIA - A manifestação religiosa e cultural é um rito de calendário que anuncia as condições da colheita e indica o presságio da vida para o ano que entra E dura quatro semanas consecutivas, entre os meses de fevereiro e março. Essa tradição não tem relatos do ano que se iniciou, assim acredita-se que é uma cultura milenar e está ligada aos encantados. A corrida tem o objetivo de festejar a safra do Umbu e também é um ritual de purificação dos índios Pankararu, onde há a dança dos Praiás e a queima do cançansão (tipo de urtiga) que está relacionada a um ritual de contrapartida à cura de doenças e outros pedidos de diversas ordens.

Governo de Pernambuco

Nenhum comentário:

Postar um comentário