sexta-feira, outubro 21, 2016

Tribunal de Justiça de PE decreta ilegalidade da greve dos policiais civis

Policiais civis se reúnem na sede do sindicato antes da passeata realizada no Centro do Recife nesta quinta-feira (20) (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)

Antes mesmo de ter início, a greve dos policiais civis no estado foi decretada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco na noite desta quinta-feira (20). A decisão do desembargador Bartolomeu Bueno, que concedeu liminar ao governo do estado, ocorreu horas depois de o Sindicato dos Policiais de Pernambuco (Sinpol-PE) informar que, a partir da meia-noite, apenas 30% do efetivo policial fica em atividade nas delegacias de plantões, conforme definido em assembleia da categoria.

O descumprimento da decisão judicial implicará em multa diária no valor de R$ 100 mil. Por meio de nota, o Governo de Pernambuco informou que o sindicato já foi notificado da decisão. De acordo com a assessoria de imprensa do Sinpol-PE, apesar da notificação da ilegalidade da greve, o movimento grevista está mantido.
O sindicato informou também que uma nova rodada de negociação com o governo estadual irá acontecer na manhã desta sexta-feira (21). Segundo a entidade, o encontro será com o secretário de Administração de Pernambuco, Milton Coelho. No final da tarde, às 17h, uma nova assembleia com a categoria será realizada, desta vez na sede do Sinpol-PE, no bairro de Santo Amaro, na área central da capital.

O impasse entre os policiais civis e o governo se refere ao Plano e Cargos e Carreira reivindicado pela categoria. Segundo o Sinpol-PE, a implantação tinha sido acertada com o governo do estado em fevereiro deste ano por meio de um acordo, mas a medida ainda não foi cumprida. Por conta disso,os policiais civis realizaram um protesto, durante a manhã desta quinta, saindo da sede do sindicato até o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual.

Após a passeata, teve início uma reunião de uma comissão do sindicato com representantes da Secretaria de Administração de Pernambuco, no bairro do Pina, na Zona Sul da capital. Após o encontro, a categoria, que estava em estado de greve desde o dia 11 de outubro, realizou uma assembleia em frente ao Palácio do Campo das Princesas, momento em que foi decretada a greve.

Reação do governo
Para tentar diminuir os impactos para a população da greve dos policiais civis em Pernambuco, o governo estadual havia anunciado que solicitaria à Justiça que decretasse a ilegalidade do movimento grevista da categoria. Além disso, o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Angelo Fernandes Gioia, afirmou que deixaria policiais e bombeiros militares de sobreaviso para o caso de precisarem ser acionados para garantir a segurança pública no estado.

De acordo com o Secretário de Planejamento e Gestão de Pernambuco, Márcio Stefanni, a reivindicação dos policiais civis ocasionaria um impacto, na folha do Estado de Pernambuco, de R$ 40 milhões. Ele informou ainda que o governo ofereceu um aumento em torno de 13% para a categoria.

Do G1 PE

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