terça-feira, julho 26, 2016

Sergipe e Alagoas debatem o Plano da Bacia do São Francisco

 Fotos: Ascom CBHSF

O auditório do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Penedo (Sindspen) ficou lotado na tarde desta segunda-feira (25.07), devido a presença de diversos segmentos sociais de Alagoas e Sergipe interessados em acompanhar a consulta pública promovida pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco com vistas às etapas finais do trabalho de atualização do Plano Decenal de Recursos Hídricos da bacia do Velho Chico.

O presidente do colegiado, Anivaldo Miranda, iniciou a reunião destacando a importância da participação de todos durante o processo de construção do documento, que será a base para a gestão dos recursos hídricos do São Francisco na próxima década. “O Comitê buscou se aproximar ao máximo da população, envolvendo as comunidades, promovemos atividades como oficinas e consultas públicas, a fim de colher opiniões e contribuições com vistas ao produto final, que deverá ser concretizado e não guardado no fundo de uma gaveta”, disse.

O consultor da empresa Nemus, responsável pelo trabalho de atualização do Plano, Pedro Bettencourt, fez uma explanação geral sobre o que foi executado até agora. Ele apresentou estatísticas de qualidade das águas superficiais e de disponibilidade hídrica, que se apresenta cada vez menor. Com relação às águas subterrâneas, informou que os estudos apontam para a pior qualidade no Submédio e Baixo São Francisco. “Com relação às vazões, a média acumulada é de aproximadamente 2.700 metros cúbicos por segundo (m³/s) e a vazão de permanência média é de 800 m³/s”, acrescentou.

Ainda na consulta pública, o consultor da Nemus apresentou três possíveis cenários. Mesmo levando em consideração perspectivas diferentes, no quesito de retirada de água da bacia, o diagnóstico chega sempre sempre à constatação de que a dificuldade tende a aumentar na próxima década. Numa projeção até o ano de 2025, segundo ele, mais da metade da bacia estará comprometida em sua capacidade hídrica.

Após a apresentação, o membro do Comitê Antonio Jackson Borges declarou que a nova gestão do colegiado precisa lutar pela recuperação do Velho Chico e buscar o mesmo estudo para os afluentes. Representante do Grupo de Acompanhamento Técnico (GAT) do Comitê, o engenheiro Roberto Lôbo anunciou que a Companhia de Abastecimento de Alagoas (Casal) vem suspendendo a captação de água na foz do São Francisco em momentos de maré alta. “O índice de salinidade está muito alto na região e isso nos preocupa”, disse ele.

O produto final do trabalho de atualização do plano de recursos hídricos deverá ser apreciado na próxima plenária do Comitê, marcada para setembro, em Belo Horizonte (MG).

ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF

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